A quem deve ser ministrada a unção?

"Para quem deve ser ministrada a unção com óleo no Novo Testamento?"

(Sérgio Ademar Bassani, Porto alegre - RS)




               Considerando as razões que levavam a unção no Antigo Testamento, vemos Deus determinando algumas coisas importantes:

               1) A receita do óleo da santa unção (Êx 30.22, 33);

               2) A quem e em quais as ocasiões o mesmo deveria ser usado (Êx 30.26, 32);

               3) E o que a unção representava (Êx 30.29, 30).

               Na Bíblia, o óleo é apresentado como um dos símbolos do Espírito Santo. Nesse caso, o objeto ou pessoa ungida recebia uma autoridade específica da parte de Deus e recebia o efeito produtivo de santidade, ou seja, separação, consagração para o serviço sagrado. Já no Novo Testamento, a referência de Tiago 5.14 oferece a ideia de um rito que deveria ser usado apenas em favor dos enfermos.

               É interessante notar que o texto sagrado neotestamentário não faz menção alguma ao uso do óleo para outros fins e para outras situações que não seja a aplicação em oração pelos enfermos salvos em Jesus Cristo.

               Um pequeno apelo às regras de interpretação mostrará que o propósito de Tiago era orientar sobre a possibilidade de um salvo estar sofrendo enfermidade como consequência de alguma desobediência, sendo que o contexto faz referência à confissão e ao efeito da fé para levantar o enfermo. Assim, percebemos que o uso do óleo não deve ser entendido como algo com poder isolado, como nos cultos animistas. O mesmo não é portador de nenhuma virtude autônoma. É apenas mais um componente que não dispensa a oração e a imposição de mãos: "Está alguém doente? Chame os presbíteros da igreja; e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor. A oração da fé salvará o doente e o Senhor o restabelecerá", Tg 5.14, 15. 

               Nos tempos pós-modernos, com a preocupação de despertar a religiosidade  qualquer custo, mesmo comprometendo questões básicas da fé cristã, alguns grupos lançaram incrementos contraditórios ao modelo bíblico e passaram a ungir qualquer coisa em qualquer momento, e visando a seus próprios desejos egoístas, como dinheiro, casa, carro, etc. Muitos líderes religiosos deveriam considerar  a seriedade com que se devem encarar os ensinamentos sagrados para não vulgarizar questões tão importantes que envolveram a preocupação dos apóstolos, pois quando alguém se decepciona não alcançando o resultado prometido, torna-se cético e incrédulo.
     
               Note que a epístola de Tiago foi dirigida primeiramente ao judeus convertidos, e que estavam dispersos, os quais precisavam de um pastoreio. Os mesmos eram conhecedores das simbologias representadas no óleo e assim podiam entender a razão de ungir um enfermo. Diferentemente de hoje, quando se aplica o óleo fora do objetivo apontado pelo apóstolo e longe do propósito estabelecido por Deus.

               Se os crentes querem seguir o modelo da Igreja Primitiva também nesse quesito, devem adotar a prática da unção com óleo apenas em favor dos enfermos, e com oração.



BIBLIOGRAFIA

GONÇALVES, Paulo. A Bíblia tem a resposta. Mensageiro da Paz, ano 81, Nº 1.516, setembro de 2011, p. 17.

Biblicamente, ainda há apóstolos hoje?

Existem apóstolos ainda hoje em nosso meio? E seria correto alguém ostentar esse título em nossos dias?

(Humberto Pires, Belém - PA)


Com o suicídio de Judas, o colégio apostólico (chamado de os Doze, cf. Mc 6.7; At 6.2) ficou incompleto. Os onze tomaram então a iniciativa de repor a falta, utilizando um método secular (At 1.26), que teve como pressuposto seletivo de escolha dois pré-requisitos para o candidato:

1) Ter sido discípulo de Jesus e, por conseguinte, andado com Ele desde o início de Seu ministério terreno; e 2) Também ter tido contato com o Senhor após a crucificação, para poder testemunhar da sua ressurreição (At 1.21,22).

Evidentemente que se a pergunta refere-se a esse grupo, é lógico que a resposta é negativa (Ap 21.14). Porém, está claro, por vários exemplos, que havia outros apóstolos além dos "Doze" (At 14.14; I Cor 15.5-9).

Acredito que a indagação seja motivada pela "síndrome  do apostolado" que vem tomando conta do movimento evangélico brasileiro. Não obstante, o ministério de apóstolo ou "enviado" é, sim, para contemporaneidade. Agora, se existem ou não apóstolos, tal discussão escapa do campo da teologia exegética (onde o tópico é ponto pacífico por parte da maioria dos biblistas), e torna-se tematizável apenas na perspectiva da teologia prática. Inicialmente, torna-se imprescindível que se distinga ministério como chamado ou dom divino de cargo eclesiástico, onde o portador pode ostentar um título sem necessariamente ter o dom (que é a investidura de autoridade dada por outrem, no caso, Deus, cf. Ef 4.11).


Como se manifesta o dom? Paulo, "apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus" (Rm 1.1; 1 Co 1.1; 2 Co 1.1; Gl 1.1; Ef. 1.1; Cl 1.1; 1 Tm 1.1; 2 Tm 1.1; Tt 1.1), fornece informações valiosíssimas ao dizer, por exemplo: "Se eu não sou apóstolo para os outros, ao menos sou para vós; porque vós sois o selo do meu apostolado no Senhor" ( I Cor 9.2). Após o concílio de Jerusalém, Paulo e Barnabé foram enviados sob a constatação de que eram "homens que já expuseram a vida pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo" (At 15.26). Assim, o que comprova o ministério de apóstolo são os frutos e não titulação autoimposta ou mesmo concedida por alguém.

Daí surge então a dúvida pelo fato de Paulo ter aparecido dizendo que não foi feito apóstolo por vontade humana, mas pela de Deus que o chamou. É no mínimo ingênuo supor que tal postura não foi questionada. Porém, sua prática não deixou margem alguma para se pensar o contrário. Mesmo assim, ele ainda forneceu uma forma de as pessoas averiguarem a autenticidade e vigência de seu apostolado citando que a pregação do Evangelho de Jesus Cristo (visto que havia "outros evangelhos") fixava essa condição (Gl 1.4-10). Um dos pontos que mantém uma pessoa como apóstolo é a inalterabilidade da mensagem de quem o enviou.

Em Marcos 6.30 (porção escriturística comumente aceita como o primeiro dos Evangelhos, sejam eles sinóticos ou o joanino), há uma revelação, pois no versículo 7 do mesmo capítulo vê-se claramente que os "Doze" foram chamados de discípulos antes de partirem para a missão designada pelo Mestre. Ao voltar, eles apresentaram, no versículo 30, um relatório e, então, são referidos pelo evangelista como "apóstolos". O título, mesmo no caso dos "Doze", só veio após a demonstração do chamado ou do dom! Em outras palavras, eles receberam o título porque foram "enviados". Sem essa função, não se tem apóstolos, mas apenas pedantismo.

Finalmente, é necessário que se utilize o título de "apóstolo"? Definitivamente, não. Apostolado não é título, mas dom. Aparece e fixa-se pelos frutos e não por nomeação.


BIBLIOGRAFIA

CARVALHO, César Moisés. Mensageiro da Paz, ano 81, Número 1.516, setembro de 2011, p. 17.

A questão do Dízimo

               Muitas pessoas possuem dúvidas com relação ao dízimo. No início da minha fé essa dúvida me acompanhou por alguns dias. Sejamos sinceros: o que leva muitos a ficarem questionando sobre dar ou não dar o dízimo é porque "dói no bolso" de quem é apegado ao dinheiro. E o mais interessante é que sempre se encontra uma desculpa para não dizimar - a mais frequente é: "Eu não vou dar meu dinheiro para pastor nenhum!". Porém, aqueles que possuem dúvidas mas não são avarentos, certamente entenderão o estudo que segue abaixo e, se orar ao SENHOR com sinceridade, entenderão que dizimar é uma questão de obediência à Palavra de Deus, reconhecimento de que tudo o que possui provém Dele e a Ele pertence. O texto a seguir é de autoria do Pastor Jorge, da Igreja Assembléia de Deus Leão da Tribo de Judá, e condiz na íntegra com a minha forma de pensar acerca do dízimo. Para facilitar a tua leitura, acrescentei ao estudo os versículos da Bíblia Sagrada relativos a algumas referências citadas no texto original. 

               ¹"Deus foi o criador de todas as coisas que há no universo. Tudo que temos pertence a Ele: 

               Êxodo 19.5 - 'Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos, porque toda a terra é minha.'

               1 Crônicas 29.14 - 'Porque quem sou eu, e quem é o meu povo, para que pudéssemos oferecer voluntariamente coisas semelhantes? Porque tudo vem de Ti, e do que é Teu to damos.'

               Salmo 24.1 - 'Do SENHOR é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam.'

               Ageu 2.8 - 'Minha é a prata, e meu é o ouro, disse o SENHOR dos Exércitos.'

               No entanto, o Senhor nos permite administrar 90% de toda a nossa renda. Os outros dez por cento devem ser devolvidos a Deus. A palavra nos ensina que devemos entregá-lo em sua casa, para manutenção de sua obra. É o chamado dízimo do Senhor. Esta doutrina é ensinada em toda a Bíblia:

               ANTES DA LEI

               Gênesis 14.20 -  '...e bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E deu-lhe o dízimo de tudo.'

                Gênesis 28.22 - '...e esta pedra, que tenho posto por coluna, será a Casa de Deus; e, de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo.'

               NA LEI

               Levítico 27.30 - 'Também todas as dízimas do campo, da semente do campo, do fruto das árvores são do SENHOR; santas são ao SENHOR.'

               NOS LIVROS HISTÓRICOS

               2 Crônicas 31.5, 6 - 'E, depois que essa ordem se divulgou, os filhos de Israel trouxeram muitas primícias de trigo, e de mosto, e de azeite, e de mel, e de toda a novidade do campo; também os dízimos de tudo trouxeram em abundância. E os filhos de Israel e de Judá que habitavam nas cidades de Judá também trouxeram dízimos das vacas e das ovelhas e dízimos das coisas sagradas que foram consagradas ao SENHOR, seu Deus; e fizeram muitos montões.'

               Neemias 10.37 - '...e que as primícias da nossa massa, e as nossas ofertas alçadas, e o fruto de toda árvore, e o mosto, e o azeite traríamos aos sacerdotes, às câmaras da casa do nosso Deus; e os dízimos da nossa terra aos levitas; e que os levitas pagariam os dízimos em todas as cidades da nossa lavoura...'

               Neemias 12.44 - 'Também, no mesmo dia, se nomearam homens sobre as câmaras, para os tesouros, para as ofertas alçadas, para as primícias e para os dízimos, para ajuntarem nelas , das terras das cidades, as porções designadas pela Lei para os sacerdotes e para os levitas; porque Judá estava alegre por causa dos sacerdotes e dos levitas que assistiam ali.'

               POÉTICOS

               Provérbio 3.9,10 - 'Honra ao SENHOR com a tua fazenda e com as primícias de toda a tua renda; e se encherão os teus celeiros abundantemente, e transbordarão de mosto os teus lagares.'

               PROFÉTICO

               Malaquias 3.8-12 - 'Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas alçadas. Com maldição sois amaldiçoados, porque me roubais a mim, vós, toda a nação. Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança. E, por causa de vós, repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; e a vide no campo não vos será estéril, diz o SENHOR dos Ex´rcitos. E todas as nações vos chamarão bem-aventurados; porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o SENHOR dos Exércitos.' 

               E TAMBÉM NO NOVO TESTAMENTO

               Mateus 23.23 - 'Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer essas coisas e não omitir aquelas.'

               Hebreus 7.4-9 - 'Considerai, pois, quão grande era este, a quem até o patriarca Abraão deu os dízimos dos despojos. E os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm ordem, segundo a lei, de tomar o dízimo do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que tenham descendido de Abraão. Mas aquele cuja genealogia não é contada entre eles tomou dízimos de Abraão e abençoou o que tinha as promessas. Ora, sem contradição alguma, o menor é abençoado pelo maior. E aqui certamente tomam dízimos homens que morrem; ali, porém, aquele de quem se testifica que vive. E, para assim dizer, por meio de Abraão, até Levi, que recebe dízimos, pagou dízimos.'


               Como esta doutrina envolve dinheiro, não é de se admirar que muitos encontrem dificuldade para seguir a Cristo por causa da questão do dízimo. Aliás, esta é a maior desculpa para alguém não querer se converter. Quantos já não ouviram a frase: "eu não vou dar dinheiro para o pastor!" Acusações como esta advém de um total desconhecimento do que é o dízimo e qual a sua destinação.


               A fim de conquistar estas pessoas como membros, algumas seitas pseudo-cristãs rejeitam a validade do dízimo. Com a atraente proposta de "nós não cobramos dízimo" muitos tem sido presa fácil dos enganadores. Dentre as falsas igrejas cristãs que negam a doutrina do dízimo, destacamos as seguintes: Congregação Cristã do Brasil e Testemunhas de Jeová. Obviamente, estas entidades são mantidas por estratégias humanas, tais como valores estipulados para ofertas ou vendagem de literatura.


               Nosso presente estudo irá esclarecer dúvidas quanto à validade do dízimo e ensinar a maneira correta de entregá-lo. Começaremos refutando as desculpas mais usadas para não se dizimar.


DESCULPAS PARA NÃO ENTREGAR O DÍZIMO


              
               'O DÍZIMO É DA LEI'


               A primeira referência bíblica ao Dízimo acontece em Gn 14.18-24. Muito antes da lei de Moisés, os servos de Deus já tinham a prática de dizimar. O voto que Jacó fez a Deus comprova esta afirmativa (Gn 28.18-22). Na Lei o dízimo foi apenas reconhecido, ou oficializado (Lv 27.30-32,34). A prática de dizimar começou muito antes da lei. Portanto, continua vigorando depois da lei, até os dias de hoje, pois não foi a lei que inventou o dízimo. Moisés apenas confirmou a prática daquilo que os servos de Deus já faziam muito tempo antes. A graça de Cristo não anulou o dízimo. Muito pelo contrário, a graça nos constrange a investir muito mais ainda na obra de Deus. Os primeiros cristãos não davam apenas 10%, eles davam cem por cento! (At 4.34)


               'NÃO VOU DAR MEU DINHEIRO PARA O PASTOR'


                O Dízimo não é seu dinheiro e também não é dinheiro do pastor. O dízimo pertence a Deus (Ml 3.8-10). O valor dizimado na Igreja não vai para o bolso do pastor, mas para a tesouraria da igreja, onde é anotado nas entradas do movimento de caixa, fiscalizado por um contador e declarado no imposto de renda. Toda igreja legalmente estabelecida, ainda que isenta, é obrigada a fazer anualmente a declaração do imposto de renda. O pastor, como pessoa responsável e integralmente envolvida nos assuntos da igreja, recebe uma prebenda, de acordo com o estabelecido no estatuto e reuniões em Ata. O valor que você entrega de dízimo não terá nenhuma influência na prebenda pastoral, que só poderá ser alterada pela diretoria. E até o pastor, pra quem não sabe, retira da sua prebenda o valor do dízimo, que é devolvido ao Senhor.


               'NÃO VEJO VANTAGEM EM SER DIZIMISTA'


               O dízimo não deve ser entregue por interesse de riqueza (1 Tm 6.9). Nem por medo da pobreza (Fp 4.11-13). O dízimo que Deus aceita é entregue por amor, com alegria e fé (1 Co 16.14; 2 Co 9.7; Hb 11.6). A despeito disto, confira as bênçãos de se ofertar e dizimar a Deus:

  1. Deixar de ser avarento (Lc 12.15; Hb 13.5)
  2. Vencer a idolatria ao dinheiro (Mc 10.24-25; Cl 3.5)
  3. Privilégio de participar da obra de Deus (1 Cr 29.14; At 20.35)
  4. A promessa da prosperidade (Ml 3.10; Mt 25.21; Lc 6.38; 19.17)
  5. O devorador repreendido (Ml 3.11)

               'JÁ SOU OFERTANTE'

               O sacrifício das ofertas só é aceito depois da obediência do dízimo (1Sm 15.22). Não se pode comprar a Deus com ofertas. Só se torna oferta aquilo que ultrapassa o valor do dízimo. Por exemplo: alguém que mensalmente deveria dar R$ 80 de dízimo, mas em determinado mês entregou várias ofertas que, somadas, chegaram a R$ 60, terminou roubando a Deus em R$ 20 naquele mês. Para Deus, ele não deu nenhuma oferta, e também não deu o seu dízimo! Portanto, só é ofertante quem já é dizimista. Os 10% são um critério de referência mínima. Mas, para os avarentos que idolatram o dinheiro, isto ainda é pedir muito.

               'NÃO SOBRA DINHEIRO PARA O DÍZIMO'

                O dízimo não deve estar no final da lista de contas do mês, mas no seu topo. Deve ser a obrigação mais urgente a ser acertada. Muito pior do que dever aos homens é roubar a Deus. Portanto, dizime o mais rápido possível. Quem toma este cuidado nunca deixa de dizimar, jamais é acusado de roubar a Deus, e ainda experimenta milagres financeiros. Não esqueça: o dízimo tem que ser das primícias, e não dos restos (Pv 3.9; Ex 23.19; Ne 10.37).

               'GANHO MUITO POUCO PARA DIZIMAR'

               O valor do dízimo é sempre o mesmo: dez por cento. Por mais irrisório que seja, devemos ser fiéis no pouco, para que Deus nos coloque sobre o muito (Mt 25.21). O que dizer da viúva pobre que ofertou 100% de seu dinheiro? Perceba que Jesus não a impediu de fazer isto. Certamente porque o Senhor sabia o quanto ela seria abençoada por sua atitude.

               'ENTREGO O DÍZIMO DE OUTRA MANEIRA'

               Nós não podemos administrar o dízimo. Esta é uma tarefa da igreja (At 4.35). A palavra declara onde o dízimo deve ser entregue: "à casa do tesouro" (Ml 3.10). Nossa obrigação é apenas entregá-lo e permitir que seja empregado da maneira como o Espírito Santo direcionar a liderança da igreja a fazê-lo. Não podemos usar o valor do dízimo para comprar algo que julguemos necessário ao templo. Por melhor que seja a intenção, isto seria desacreditar da honestidade ou capacidade dos líderes da igreja.

               'NÃO SENTI QUE DEVO SER DIZIMISTA'

               Ser dizimista não é uma resposta ao sentimento, mas um ato de obediência por amor e gratidão a Deus. Cristo não anulou a prática do dízimo, muito pelo contrário, Jesus o confirmou (Lc 11.42).

               'NÃO CONCORDO COM O DÍZIMO'

               Por trás de todas as desculpas anteriores está o amor ao dinheiro. Mas a Bíblia ensina que este materialismo é a raiz de todos os males (1 Tm 6.10) e que temos que decidir quem é o nosso Deus (Mt 6.24). Quem não concorda em devolver o mínimo de 10% de tudo quanto Deus lhe dá, certamente tem um sério problema de idolatria ao dinheiro.


PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES
EM RELAÇÃO AO DÍZIMO


               Pergunta: Devo calcular o dízimo sobre o valor bruto ou líquido?

               Resposta: As pessoas assalariadas geralmente tem esta dúvida. A resposta é que o cálculo deve ser feito sobre o valor bruto, uma vez que as deduções deste valor também são benefícios para o empregado.

               Pergunta: Devo dar o dízimo do adiantamento, ou só no fim do mês?

               Resposta: Todo dízimo deve ser separado para o Senhor tão logo chegue às nossas mãos. Se você tirou um vale, ou costuma receber um adiantamento de salário, entregue logo o dízimo correspondente a este valor.

               Pergunta: Posso deixar de dar o dízimo num mês e entregá-lo no outro?

               Resposta: Pode, mas não deve. Nesta situação, o dízimo já não é mais primícias, o Senhor deixou de ser prioridade, foi colocado em segundo plano. Além do mais, é muito arriscado não dizimar.

               Pergunta: No caso de um empréstimo, devo dar o dízimo?

               Resposta: Não, porque este dinheiro não é seu, será devolvido. Além do mais, o valor com o qual você pagará as parcelas provém de uma renda sobre a qual você já deve estar dizimando.

               Pergunta: Devo dar o dízimo do 13º salário?

               Resposta: Claro que sim. O dízimo é 10% de toda a nossa renda, seja esta qual for. É impressionante como há crentes que são fiéis o ano todo e tropeçam em Dezembro, deixando de dizimar o 13º salário. É como nadar, nadar e morrer na praia. É começar o novo ano debaixo de maldição.

               Pergunta: Um desempregado deve ser dizimista?

               Resposta:  Devemos dizimar de todo valor que chegar às nossas mãos, seja de salário, mesada, doação, etc. Você recebeu apenas um real? Então dizime dez centavos. Este valor não fará muita diferença no caixa da igreja, mas fará toda a diferença em sua vida. Quem não é fiel no pouco, será infiel no muito. Não é vergonha dar pouco dízimo, vergonha é roubar a Deus.

               Pergunta: Posso dar o dízimo por outra pessoa?

               Resposta: Não. Cada um deve dizimar espontaneamente. Você pode entregar o dízimo de outra pessoa na igreja, se ela mesma lhe pedir este favor. Mas não se ela não estiver sabendo. Por exemplo: é errado a esposa pedir dinheiro ao marido para fazer compras e, na verdade, entregar aquele dinheiro na igreja.

               Pergunta: Devo dar o dízimo ao ganhar um presente?

               Resposta: Se este presente for em dinheiro, sim. Porém, se for um bem material, isto fica a critério da sua consciência. Um conselho: prefira sempre a liberalidade (Pv 11.24).

               Pergunta: Devo dizimar ao vender algum bem pessoal?

                Resposta: Se aquele bem foi comprado com dinheiro já dizimado, não. Caso contrário, você deve sim dizimar."


               Nota: Creio que a argumentação e as referências bíblicas acima são suficientes para esclarecer as dúvidas de quem busca, com sinceridade, respostas sobre a questão do dízimo. Mas ore a Deus pedindo confirmação.




¹Fonte: http://igrejas.noivadecristo.com.br (site consultado no dia 07/10/2011, às 14:19 h). Observação: Os grifos e algumas formatações no texto original são meus.
²A imagem da postagem foi copiada do blog http://iconoclastasdoevangelho.blogspot.com/, no dia 07/10/2011, às 14:45 h.

Evangélicos protestam contra criação de Estado palestino

Manifestantes expressaram respaldo ao Estado de Israel


Cerca de 300 evangélicos saíram às ruas da capital da Guatemala, para criticar o apoio que o presidente da República, Alvaro Cólom, anunciou para a criação de um Estado palestino.

“É uma vergonha”, disse Felipe Marroquin, um dos organizadores do protesto. “Por isso organizamos essa marcha pacífica para expressar o nosso repúdio”, justificou.

O apoio ao Estado palestino poderia converter-se numa maldição para a Guatemala, alegaram os evangélicos. Ao mesmo tempo, os manifestantes expressaram respaldo ao Estado de Israel, pois esse era o povo eleito por Deus. “Tudo o que estiver na contramão disso será amaldiçoado”, disseram.

Eles entregaram carta contendo o seu posicionamento à Embaixada de Israel e remeteram uma cópia ao primeiro ministro israelense, Benjamin Netanyahu.


Fonte: ALC via CPADNews

Conselho da Unesco recomenda a adesão da Palestina

Quatro países rejeitaram pedido, incluindo Estados Unidos, e 14 se abstiveram


O conselho executivo da Unesco respaldou por maioria nesta quarta-feira a adesão plena e total da Autoridade Palestina à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.

A proposta foi apoiada por 40 dos 58 membros do grupo. Quatro países rejeitaram a recomendação, incluindo os Estados Unidos, e 14 optaram pela abstenção, entre eles França e Espanha. A votação por maioria simples aconteceu na sede da Unesco, em Paris.

Para que a Palestina obtenha o status de estado membro da Unesco, a recomendação aprovada nesta quarta-feira ainda deve ser apoiada por dois terços dos 193 países que se reunirão na Conferência Geral da Unesco, de 25 de outubro a 10 de novembro.

O pedido na Unesco ocorre quase duas semanas depois de o presidente palestino, Mahmoud Abbas, pedir o reconhecimento do estado da Palestina ao Conselho de Segurança da ONU, enfrentando a oposição de Estados Unidos, Israel e parte da Europa.


Fonte: AFP via CPADNews