[1] ISRAELITAS PODEM TER DESCOBERTO O BRASIL
Realizando pesquisas em idiomas ameríndios, descobrimos neles forte influência da língua hebraica.
De onde teriam vindo tais termos? Por que navegadores fenícios são confundidos, por muitos historiadores, com navegadores israelitas? As respostas parecem estar nestas referências:
"Zebulom habitará na praia dos mares, e servirá de porto de navios, e o seu termo se estenderá até Sidom". (Gn 49.13).
"De Zebulom disse: Alegra-te, Zebulom, nas tuas saídas marítimas". Ou traduzido livremente: "....nas tuas viagens por mar", ou "nos teus portos de mar". (Deuteronômio 33.18).
"Gileade ficou dalém do Jordão, e Dã, por que se deteve junto aos seus navios?" (Juizes 5.17).
Com relação à esta última referência, é interessante notar que uma das terras descobertas por navegadores orientais, a Dinamarca, ou DANMARK, originalmente significa "A MARCA DE DÃ"! Não é incrível? Teriam, então, alguns navegadores da tribo de Dã (ou Dan), descoberto aquela linda terra?
Outra coisa: encontram-se na Europa muitas localidades e acidentes geográficos com o prefixo DAN no nome. Seriam indicadores dos idos tempos dos navegadores Danitas? Eis alguns: "DANÚBIO", "DANTZIG", "ROTTERDAM", AMSTERDAM, ETC.
Quando Salomão assumiu o reino unificado de Israel e Judá, mandou construir navios em Eziom-Geber. (Este era um porto muito importante na terra de Edom).
Os navios de Salomão, com os servos de Hirão, rei de Tiro, seu associado, foram a Ofir e trouxeram de lá 420 talentos de ouro, o que eqüivale a 14.280 quilos!
Além desta preciosidade, os navios de Salomão também traziam prata, marfim, bugios e pavões. (I Reis 10.22).
Muitos pesquisadores acreditam que o marfim era trazido da África e os bugios e a maior parte da madeira que Salomão usava eram trazidos da AMAZÔNIA! Esta conclusão vem, principalmente, do fato que o rio Amazonas, que se inicia com o nome de "Solimões", transliterado para o hebraico, dá "SOLEYMON", que é exatamente o nome do rei Salomão!
[2] O REI SALOMÃONO BRASIL, NA TERRA DE OPHIR
Se parece estranho a você o conhecimento de terras a Ocidente/Oeste da Europa e África antes de Colombo, é por pura desinformação histórica (deliberadamente feita pelo sistema, pois quanto mais ignorante nós formos melhor para quem nos controla).
O historiador brasileiro Cândido Costa escreveu já em 1900: “Diodoro de Sicília (90-21 a.C.), 45 anos antes da Era Cristã, escreveu grande número de livros sobre os diversos povos do mundo; em seus escritos, designa claramente a América com o nome de ilha, porque ignorava sua extensão e configuração. Essa expressão de ilha é muitas vezes empregada por escritores da antigüidade para designarem um território qualquer…
Trechos extraídos do livro “A Idade das Luzes”, de Arthur Franco:
… Assim vimos que Sileno chama ilhas à Europa, Ásia e África. Na narração de Diodoro, não é possível o engano quando ele descreve a ilha de que falamos: “Está distante da Líbia (ou seja, da África) muitos dias de navegação, e situada no Ocidente (a Oeste da África). Seu solo é fértil, de grande beleza e regado de rios navegáveis”. Esta circunstância de rios navegáveis não se pode aplicar senão a um continente, pois nenhuma ilha do oceano tem rios navegáveis. Diodoro continua dizendo:
E, em primeiro lugar, à saída do estreito, junto às colunas de Hércules, fundaram uma cidade nas costas da Europa, e como a terra formava uma península chamaram a cidade por Gadeira (Cádiz, na hoje Espanha, já de frente para o Oceano Atlântico). Nelas construíram muitas obras adequadas à natureza da região, entre as quais se destacava um rico templo de Hércules (Melkarth), e ofereceram magníficos sacrifícios que eram conduzidos segundo o ritual fenício”… (p.114).
Segundo Cândido Costa, em sua obra de 1900:
Este vasto conhecimento adquirido dos fenícios pelos hebreus (...) sobre a ciência da navegação e da construção naval dos fenícios não passou desapercebido por alguns soberanos europeus à época da diáspora, especialmente D. Manuel, de Portugal.
Tradução da inscrição fenícia (acima) de Pouso Alto, na Paraíba, que diz:
Trechos extraídos do livro “A Idade das Luzes”, de Arthur Franco:
… Assim vimos que Sileno chama ilhas à Europa, Ásia e África. Na narração de Diodoro, não é possível o engano quando ele descreve a ilha de que falamos: “Está distante da Líbia (ou seja, da África) muitos dias de navegação, e situada no Ocidente (a Oeste da África). Seu solo é fértil, de grande beleza e regado de rios navegáveis”. Esta circunstância de rios navegáveis não se pode aplicar senão a um continente, pois nenhuma ilha do oceano tem rios navegáveis. Diodoro continua dizendo:
“Ali, vêem-se casas suntuosamente construídas”; sabemos que as Américas possuem belos edifícios em ruínas e da mais alta antiguidade. “A região montanhosa é coberta de arvoredos espessos e de árvores frutíferas de toda espécie. A caça fornece aos habitantes grande número de vários animais; enfim, o ar é de tal modo temperado que os frutos das árvores e outros produtos ali brotam em abundância durante quase todo o ano.”
Esta pintura do país e do clima por Diodoro se refere de todo o ponto à América do Sul equatorial. Este historiador conta depois como os Fenícios (re)descobriram aquela região:
“Os Fenícios tinham-se feito à vela para explorarem o litoral situado além das colunas de Hércules (o atual Estreito de Gibraltar, saída do Mar Mediterrâneo para o Oceano Atlântico entre Espanha e a África); e, enquanto costeavam a margem da Líbia (África) foram lançados por ventos violentos mui longe do oceano.
Batidos pela tempestade por muitos dias (como Cabral mais tarde… também foram levados por correntes oceânicas), abordaram enfim na ilha de que falamos. Tendo conhecido a riqueza do solo, comunicaram sua descoberta a todo o mundo. Portanto os Tyrrhenios (outra tradução chamam aos Fenícios de Tyrios, por causa de sua principal cidade e porto: TIRO)
“Poderosos no mar, quiseram também mandar uma colônia; porém foram impedidos pelos Cartagineses, que receavam que um demasiado número de seus concidadãos, atraídos pelas belezas desta ilha, desertasse na praia.” (Cândido Costa , As Duas Américas, 1900, pp.108 – 109, citado em Arthur Franco, A Idade das Luzes, Wodan, 1997, p. 113).
Nota: os Fenícios são oriundos do território hoje conhecido como o LÍBANO, ao norte de Israel.
Esta descrição coincide com os relatos do que ocorreu com a frota de Cabral 2.500 anos depois, desviada pelas mesmas correntes até o continente do Brasil (não por acaso pois que Cabral já “sabia” o que iria encontrar assim como tinha conhecimento prévio das correntes). Na descrição mais completa do texto do historiador romano vemos com exatidão a descrição do continente sulamericano há 2000 anos atrás:
“No mais profundo da Líbia (África), há uma ilha de considerável tamanho que, situada como está no oceano, se acha a vários dias de viagem a oeste da Líbia (África). Seu solo é fértil pois, ainda que montanhosa, conta com uma grande planície (referência ao planalto central).
"Percorrem-na rios navegáveis que se utilizam para a irrigação , e possui muitas plantações de árvores de todos os tipos e jardins em abundância, atravessados por correntes de água doce e também há mansões de dispendiosa construção, e nos jardins construíram-se refeitórios entre as flores.
Ali passam o tempo seus habitantes durante o verão, já que a terra proporciona uma abundância de tudo quanto contribui para a felicidade e o luxo. A parte montanhosa da ilha está coberta de densos matagais de grande extensão e de árvores frutíferas de todas as classes, e para convidar os homens a viverem entre as montanhas. Há grande número de vales acolhedores e fontes de água. Em poucas palavras, esta ilha está bem provida de poços de água doce que não só se convertem num deleite para quem ali reside senão também para a saúde e vigor de seu corpo.
“Há igualmente excelente caça de animais ferozes e selvagens de todo o tipo e os habitantes, com toda essa caça para as suas festas, não carecem de nenhum luxo nem extravagância. Pois o mar que banha as costas da ilha contém uma multidão de peixes, e o caráter do oceano é tal que tem em toda sua extensão peixes em abundância, de todas as classes.
Falando em geral, o clima desta ilha é tão benigno que produz grande quantidade de frutos nas árvores e todos os demais frutos da estação durante a maior parte do ano, de modo que parece que a ilha, dada sua condição excepcional, é um lugar para uma raça divina, não humana. (…).
Na antigüidade, esta ilha estava encoberta do conhecimento dos povos devido à sua distância do mundo habitado, mas foi descoberta mais tarde pela seguinte razão:
“Os fenícios comerciavam desde muito tempo com toda Líbia (o norte da África) e muito o fizeram também com a parte Ocidental da Europa. E como suas aventuras resultaram exatamente de acordo com suas esperanças , acumularam uma grande fortuna e planejaram viajar além das colunas de Hércules (o estreito de Gibraltar, porta de saída do Mediterrâneo para o Oceano Atlântico), para o grande mar que os homens chamam de oceano.
E, em primeiro lugar, à saída do estreito, junto às colunas de Hércules, fundaram uma cidade nas costas da Europa, e como a terra formava uma península chamaram a cidade por Gadeira (Cádiz, na hoje Espanha, já de frente para o Oceano Atlântico). Nelas construíram muitas obras adequadas à natureza da região, entre as quais se destacava um rico templo de Hércules (Melkarth), e ofereceram magníficos sacrifícios que eram conduzidos segundo o ritual fenício”… (p.114).
Quanto ao porte dos navios para semelhantes viagens naquela época, as trirremes fenícias em nada deviam às caravelas de vinte cinco séculos mais tarde. Seu comprimento podia atingir de sessenta a setenta metros, comportando até cento e oitenta remadores e uma tripulação de duzentos a trezentos soldados e marinheiros.
Pouco se comenta do esplendor das naus gregas ou romanas, mas não se pode negar que Erik, o vermelho e seu filho, Leif Erikson, seguiram estes antigos passos até mesmo no estilo de seus Knerrir (transatlânticos) e Knorr (navios menores que comportavam os colonos), no século X d.C., vencendo mares tão perigosos como os do Atlântico norte para atingir a Vinland, nome que deram às terras onde aportaram, na América do Norte entre o Canadá e os Estados Unidos em torno do ano 1.000 de nossa era.
Segundo Cândido Costa, em sua obra de 1900:
“Num escrito de Aristóteles (De Mirab. Auscult. Cap. 84) diz-se que foi o receio de ver os colonos sacudirem o jugo da metrópole cartaginesa e prejudicarem o comércio da mãe pátria que levou o senado de Cartago a decretar pena de morte contra quem tentasse navegar para esta ilha. Aristóteles descreve também uma região fértil, abundantemente regada e coberta de floresta, que fora descoberta pelos cartagineses além do Atlântico (p. 115)
A participação ampla dos fenícios no conhecimento das terras ocidentais explica a grande participação dos hebreus nas grandes navegações. Desde o tempo de Salomão, as casas de Hiram, deTiro, na Fenícia e do grande soberano hebreu se uniu de tal forma que a construção do Templo de Jerusalém foi feita por arquitetos e pedreiros fenícios, e as misteriosas viagens para descobrir ouro e madeiras para a construção do templo foram feitas conjuntamente.
Este vasto conhecimento adquirido dos fenícios pelos hebreus (...) sobre a ciência da navegação e da construção naval dos fenícios não passou desapercebido por alguns soberanos europeus à época da diáspora, especialmente D. Manuel, de Portugal.
Em 1412 foi fundada a escola de Sagres, primeira academia portuguesa de navegação e construção naval. Portugal, nesta época, tonara-se o último reduto dos judeus na Europa, (...). A proteção concedida pelos soberanos portugueses aos judeus (...) visava declaradamente atrair os largos conhecimentos (...) dos judeus nas matemáticas, na geografia e na astronomia, (...) para calcar os grandes desenvolvimentos levados a cabo nas pesquisas náuticas para lançar Portugal como potência marítima mundial. O conhecimento das terras do Brasil por Salomão e por Hiram (rei da Fenícia), ainda no século X a.C., conforme a explanação feita por Cândido Costa, é difícil de ser refutada.
As Inscrições Fenícias na Bahia, no Rio de Janeiro (na Pedra da Gávea) e na Paraíba.
Entre 1000 a.C. a 700 a.C., período da colonização fenícia no Ocidente, na direção de Cartago, Malta, Sardenha e Espanha. Vários documentos em pedra encontradas no Brasil e nos EUA, por exemplo, atestam a expansão Fenícia no Ocidente. As inscrições em Pouso Alto, no Estado da Paraíba, são constantes, de pedra lavrada, segundo Cândido Costa, foi submetida ao juízo do sábio orientalista francês Ernesto Renam, sendo por ele considerada de origem fenícia,conforme se vê a seguir:
Tradução da inscrição fenícia (acima) de Pouso Alto, na Paraíba, que diz:
“Somos filhos de Canaã, de saída, a cidade do rei. O comércio nos trouxe a esta distante praia, uma terra de montanhas. Sacrificamos um jovem aos deuses e deusas exaltados no ano de 19 de Hiram, nosso poderoso rei.Embarcamos em Ezion Geber, no Mar Vermelho, e viajamos com 10 navios. Permanecemos no mar juntos por 2 anos, em volta da terra pertencente a Ham (África), mas fomos separados por uma tempestade, nos afastamos de nossos companheiros e, assim, aportamos aqui: 12 homens e 3 mulheres. Numa nova praia que eu, o almirante, controlo. Mas auspiciosamente possam os exaltados deuses e deusas intercederem em nosso favor”.
Abaixo a localização de Ezion Geber, no Golfo de Ácaba, na Península do Sinai.
Outros detalhes sobre a vinda dos povos semitas para o Ocidente do ano 970 a.C. a 900 a.C.
[n.T.: Na Bíblia está escrito: “Também as naus de Hiram, que de Ofir levavam ouro, traziam de Ofir muita madeira de almugue, e pedras preciosas. E desta madeira de almugue fez o rei balaústres para a casa do SENHOR, e para a casa do rei, como também harpas e alaúdes para os cantores; nunca veio tal madeira de almugue, nem se viu mais até o dia de hoje“. 1 Reis 10:11-12
“Também todas as taças de beber do rei Salomão eram de ouro, e todos os vasos da casa do bosque do Líbano eram de ouro puro; não havia neles prata, porque nos dias de Salomão ela não tinha valor algum. Porque o rei tinha no mar as naus de Társis, com as naus de Hiram; uma vez a cada três anos voltavam as naus de Társis, e traziam ouro e prata, marfim, e bugios, e pavões. Assim o rei Salomão excedeu a todos os reis da terra, tanto em riquezas como em sabedoria“. 1 Reis 10:21-23]
Assume Hiram, o grande rei de Tiro (970 – 936), aliado de Davi e Salomão. Em 965 a.C, Salomão assume o trono de Israel. No seu reinado um fato extraordinário originou concretamente a ligação perene que teria o Ocidente com os mistérios Bíblicos; a construção do Templo de Jerusalém.
Um cálice de ouro do tempo de Salomão que poderia ter sido feito com metal obtido no Brasil (Ofir/Társis).
Curiosamente tudo indica ter sido da América do Sul de onde saíram os materiais exóticos, metais e pedras preciosos, necessários à construção do templo de Salomão. Como se não bastasse o acesso físico aos materiais – ouro, pedras preciosas, madeiras nobres e especiais, animais exóticos, etc, os fenícios também foram os próprios construtores do templo, contratados por Salomão. Quanto ao conhecimento do continente americano, os Fenícios e outros povos antigos já davam notícias há muito tempo da existência desse continente.
Tal como ocorreu no início do século XIX com as grandes migrações de italianos e alemães para a América, as antigas populações que tinham notícia da existência deste paraíso terrestre facilmente se viam tentadas a emigrar das desoladas e assoladas regiões em que viviam.
Abaixo as inscrições encontradas na Pedra da Gávea, marcadas na foto a seguir em amarelo, escritas em fenício arcaico:
Em 1963 um arqueólogo e professor com habilidades linguística chamado Bernardo A. Silva Ramos traduziu as inscrições fenícias existentes na cabeça da Pedra da Gávea que seria nada mais nada menos do que uma esfinge fenícia! (Inscrições são vistas assinaladas em amarelo na têmpora direita da “cabeça” na Pedra da Gávea) como:
LAABHTEJBARRIZDABNAISINEOFRUZT,
Que significa:
TZUR FOENISIAN BADZIR RAB JETHBAAL
Ou: TIRO, FENÍCIA, BADEZIR PRIMOGÊNITO DE JETHBAAL
No texto da Bíblia, no livro de 1 Reis, Cap. XVI encontramos menção a Jethbaal (assim chamado no texto dos Setenta) e Ethball neste versículo: “31 …..ainda mais tomou por mulher a Jezabel, filha de Ethbaal, rei dos sidônios. E foi e serviu a Baal (Lúcifer/Marduk), e o adorou”.
Jethbaal reinou sobre Tyro na Fenícia ou Phoenicia entre 887 a 856 a.C. e seu filho mais velho o sucedeu em 855 a.C., e chamava-se BADEZIR e por “alguma razão” abandonou o seu reinado juntamente com dois filhos gêmeos após seis anos no poder, deixando para sucedê-lo seu outro filho Mattenes que governou Tyro até o ano 821 a.C..
“O Rei Davi, quando morreu, deixou a Salomão para a construção do templo 7.000 talentos de prata e 3.000 talentos de ouro oriundos de Ophir. O velho rei não possuía nenhum navio que navegasse nos mares exteriores. Recebia, pois, o ouro de Ophir pelo comércio com os fenícios, os quais, segundo a Bíblia, conheciam todos os mares. Salomão, para por em execução seus grandes projetos, recorreu a Hiram, rei dos fenícios. Chegou a interessá-lo nas suas empresas e a contratar com ele aliança sólida.
O receio de excitar a susceptibilidade e curiosidade dos povos do Mediterrâneo foi sem dúvida o motivo que decidiu Salomão a construir em Ezion-Gaber, no Mar Vermelho, os navios que destinava às viagens para Ophir (pois as colunas de Hércules estavam fechadas aos gregos pelos Cartagineses e o comércio para o Atlântico era muito vigiado”. (Cândido Costa , op., cit., p. 113).
Cândido Costa Prossegue sua explanação lembrando que Hiram enviou ao Rei Salomão marinheiros fenícios experimentados: Como se verá mais tarde, a frota de Ophir nunca voltaria ao Mar Vermelho. Passando pelo Cabo africano, ela se reunira no oceano Atlântico com a frota de Hiram, que saíra do Mediterrâneo.
Entre os trabalhos que tentam retirar o véu sobre a verdadeira identidade das ricas localidades bíblicas de Ophir, Parvaim e Tarschisch destacamos este do senhor Cândido Costa, publicado em 1900. Ele baseou-se no estudo filológico das antigas línguas européias e asiáticas, bem como a língua quichua ou dos Antis, do Peru , a qual ainda se falava, pelo menos em 1900, na Bacia superior do Rio Amazonas.
“Nos Paralípomenos, liv. 2, cap. 3, v.6, conta-se que Salomão adornou sua casa com belas pedras preciosas, e que o ouro era de Parvaim (…) Parvaim é pronuncia alterada de Paruim.
A terminação im nos dá o plural em hebraico (como em El = deus, Elohim = deuses); vem acrescentado a Paru porque efetivamente existem, na bacia superior do rio Amazonas, no território Oriental do Peru, dois rios auríferos, um com o nome de Paru, outro com o de Apu-Paru, o rico Paru, e que unem suas águas para se confundirem no Ucayali. Os dois rios Paru e Apu-Paru fazem, no plural Paru-im.
Outro nome hebraico é o de um antigo império de nome Inin (crente ou de fé), também no Peru. O rio Amazonas, desde a embocadura do Ucayali até a foz do Rio Negro, em Manaus, se chama Solimões: não é nem mais nem menos que o próprio nome do Rei Salomão (em hebraico Solima e em árabe Suleiman), dado ao rio Amazonas pela frota do grande rei. Os cronistas da conquista do rio das Amazonas contam que a oeste da província do Pará existia uma grande tribo com o nome de Soliman, que era o nome do rio; pois na América as correntes d’água tiram seus nomes das tribos que as habitam.
Localização de Tiro na Fenícia, bem à direita no mar Mediterrâneo (hoje Líbano) no Mundo Antigo. |
Daí também os portugueses fizeram uso do nome Solimões por hábito de lingüística. Essa colônia fenícia-hebraica teve uma duração temporária assaz longa, pois as viagens trienais dos navios de Salomão e de Hiram se renovaram várias vezes. Provavelmente não foi abandonada à própria sorte senão no reinado de Josaphat, rei de Judá, no tempo em que os cartagineses não permitiam a nação alguma sair do mediterrâneo. Eis porque Josaphat quis mandar sair do Mar Vermelho para essas mesmas regiões uma frota equipada, conjuntamente com Ochozias, rei de Israel. Porém um temporal hediondo a destruiu completamente (p.116).
Passamos a Ophir, lugar tão celebrado por suas riquezas.
Devemos lembrar aqui que filólogos acreditaram poder fazer que prevalecesse o nome de Abiria por ter sido a Ophir da Bíblia. Todavia, levaremos em consideração os seguintes fatos: Primeiro, o nome da Abiria é a tradução latina do vocábulo grego sabeiria, tomado da geografia de Ptolomeu, livro 7, cap. 1. A licença do tradutor é tão grande quanto censurável. Em segundo lugar, Sabeiria achava-se localizada na parte ocidental da Índia, que chamavam Indo-Scitia. Porém é reconhecido que a Índia, mormente na parte Ocidental, nunca produziu ouro para o comércio; pelo contrário, os egípcios e os árabes ali o traziam, para o trocar por tecidos de lã e de algodão.
Assim a hipótese de que sabeiria fosse o Ophir da Bíblia cai por terra. Estevão Quatremere também não admite que Ophir tenha sido colocado no Golfo Arábico, na Arábia feliz, nem em parte alguma da Índia, Ceilão, Sumatra, Borneo ou ponto algum do extremo oriente, pela razão muito simples de que os navios de salomão e de Hiram gastavam 3 anos e meio em cada viagem dessas.
Porém Quatremere cai no próprio erro daqueles que combate, pois que coloca Ophir em Soplah, na costa oriental da África. Para fortalecer sua hipótese, Quatremere não hesita na escolha dos meios: assim é que, por não achar pavões na África, quer que os pássaros chamados Tulens na Bíblia sejam periquitos ou picotas”. (Cândido Costa, op. Cit. p. 117).
No capítulo 10 do livro I de Reis, v.11, acha-se escrito Ophir em língua hebraica de dois modos Apir e Aypir, e no cap. 9 , v. 28 lê-se Aypira na Bíblia. Em resumo, nada se opõe que o Aypira da Bíblia tenha vindo do nome do rio Yapur: onde o Y significa água, ou seja, “água ou rio de Apir ou Ophir”. Eis porque a região de Ophir é essa que atravessa o rio Yapurá, HOJE CONHECIDO COMO O RIO JAPURA, houve a troca do Y pelo J, que em hebraico são a mesma letra.
“O desaparecimento das frotas de Salomão e Hiram por 3 anos, a cada viagem que faziam, se acha agora explicada, pois elas estacionavam no rio que tinha o nome do Grande Rei. Se estas compridas estações, várias vezes repetidas, houvesem sido feitas em qualquer ponto do antigo continente, a tradição ou a história não teriam deixado de no-la transmitir.
As várias viagens trienais com exceção de uma só, não se referem a Ophir, pois todas se fizeram para Tarschisch. David recebia pelos fenícios o ouro de Ophir, e a frota construída no tempo de Salomão para o mesmo destino saiu do Mar Vermelho, onde nunca mais entrou. Fez sua junção no oceano Atlântico com a de Hiram, a qual saiu do Mediterrâneo; e ambas tomaram depois, da única viagem em que foram juntamente a Ophir, o nome da frota de Tarschisch (Alta Amazônia, hoje na divisa com o PERU, onde o rio Amazonas é conhecido como RIO SOLIMÕES), segundo o texto hebraico, e o da frota da África, segundo o texto caldáico”. (Cândido Costa, p.120 a 124)
(Livro I Reis 9.28; 10.11,22, e Paralipomenos liv. 2, cap. 9 v. 21 v. 10,11)
- Segundo a Bíblia, “Salomão conhecia todas as sabedorias do Egito (que eram derivadas de Atlântida). Em 960 a.C., Salomão começa a construção do templo de Jerusalém;
- Patrocinados por Salomão, os fenícios se tornaram os primeiros dominantes do mar, abrindo agências comerciais por toda parte: Creta, Malta, Sicília, Cartago, Cádiz, Marselha, Inglaterra e Países Nórdicos;
- Salomão tornou-se o homem mais rico do mundo durante o seu reinado. Tinha 700 mulheres e 300 concubinas;
- Em 930 a.C. ocorreu a cisão do reino hebreu entre Judá e Israel. Foi um período de constantes lutas internas entre Judá e as tribos do Norte;
- A situação chegou a tal ponto que Jeroboam, Ben-Nebat, seu filho, tentou um Golpe de Estado.
- Em 928 a.C. morre o Rei Salomão e assume Rehoboam, seu filho, que, por falta de tato político, fracassa o acordo com as tribos de Israel. Jeroboan refugia-se no Egito (Delta do Nilo), onde o Faraó Seshonki o recebe na corte dando como esposa uma de suas filhas.
- O ambiente torna-se propício para o retorno de Jeroboam, apoiado pelo Faraó que retorna e é aclamado Rei de Israel. A Rehoboam fica as tribos de Judá e Benjamim, com as quais Rehoboam funda o Reino de Judá, tomando por capital, Jerusalém. E desde então as terras de Ophir e suas riquezas entram no esquecimento do povo de Israel.
Esquerda: Uma moeda fenícia encontrada no litoral brasileiro.
AS INSCRIÇÕES FENÍCIAS NA PARAÍBA:
Em 1872, na Paraíba, descobriu-se uma pedra que trazia uma inscrição de oito linhas, cujos caracteres com muita evidência não pertenciam às culturas conhecidas da América do Sul. Em 1874, a inscrição mereceu a atenção do professor Ladislau Neto, do Museu Nacional do Rio de Janeiro. Nem o professor Neto nem qualquer outro sábio brasileiro parece ter-lhe concedido uma atenção muito séria. Todavia ela veio a ser conhecida na Europa onde a analisaram infatigáveis eruditos alemães. Foi inicialmente julgada de origem fenícia. Mais tarde, a filologia alemã afastou-a como não-fenícia.
Aparentemente a pedra se perdeu, mas a inscrição permaneceu em cópia. Agora a controvérsia reacendeu-se . Apareceu um novo protagonista sustentando a origem fenícia da inscrição. É o Dr. Cyrus H. Gordon da Universidade Brandeis (de Waltham , Massachusetts). Dois fatores surgiram para reascender a controvérsia:
Um provém de que novas descobertas na escrita fenícia demonstram, segundo o Dr. Gordon, que o uso das palavras na inscrição da pedra da Paraíba está correto, contrariamente aos juízos anteriores bem menos informados.
O outro fato foi a descoberta, pelo Dr. Jules Piccus, da Universidade de Massachusetts, em Amberst, de uma caderneta de notas que pertencera a Willbeforce Eames, um dos administradores (ou conservadores-chefe) da New York Public Library, do século XIX. Nesta caderneta encontrava-se uma carta de 31 de janeiro de 1874, destinada a Mr. Eames pelo professor Neto.
O Dr. Piccus mostrou esta carta ao Dr. Gordon. Este concluiu daí que a transcrição dos caracteres na carta era mais plausível que a versão “definitiva” precedente, publicada em 1899.
A seguir um barco fenício Trirreme Carpássio, para viagens oceânicas de longo curso, um modelo dos tantos barcos fenícios existentes no século X a.C.
A seguir um barco fenício Trirreme Carpássio, para viagens oceânicas de longo curso, um modelo dos tantos barcos fenícios existentes no século X a.C.
Enquanto que o professor Frank M. Cross de Harvard continua a estigmatizar a inscrição como uma “falsificação” do século XIX”, o Dr. Gordon sustenta que o uso de uma terminologia desconhecida dos arqueólogos, no momento de sua descoberta, comenta que esta não é uma prova forjada.
A controvérsia prosseguiu, portanto, até o momento, sem prestar atenção visível a outras inscrições tidas por fenícias encontradas no Brasil. Igualmente em 1872, um engenheiro chamado Francisco Pinto dizia ter descoberto inscrições em mais de 20 cavernas na selva brasileira; ao todo cerca de 250 inscrições. À convite do governo brasileiro, o filólogo alemão, Ludwig Schoenhagen veio ao Brasil, estudou as inscrições durante 15 anos e declarou-as fenícias. Nos anos de 1880, o francês Ernest Renan afirma também ter descoberto outras inscrições fenícias.
No início deste século, um industrial afastado de seus negócios, Bernardo da Silva Ramos, pretendeu ter descoberto mais de 2.800 inscrições em pedras ao longo do curso do Amazonas. Um rabino de Manaus declarou que, em sua opinião, estas inscrições eram fenícias. As obras ou artigos de Bernardo Ramos a respeito deste assunto parecem, em verdade, ter sido ignoradas.
Considera-se, geralmente, que os fenícios também atingiram o Arquipélago dos Açores. Em Corvo, a mais ocidental destas ilhas , afirma-se que se teriam descoberto moedas cartaginesas (em 1749); rumores persistentes, embora obscuros da existência de ruínas fenícias; descoberta feita, quando os portugueses aí chegaram, de “uma estátua eqüestre apontando para o Ocidente” a qual, sendo verdadeira, foi destruída após muito tempo.
Consideremos que conviria prestar atenção nestas possíveis confirmações da presença fenícia no Novo Mundo. Extratos de “Autenticidade do texto fenício da Paraíba”, pelo Dr. Cyrus H. Gordon da Universidade Brandeis, nos Orientalis de Roma, vol. 37 (1968) pág. 75. As singularidades lingüísticas que lançaram dúvidas sobre o texto vêm, pelo contrário, apoiar sua autenticidade. Nenhum falsário conheceria suficientemente as línguas semíticas para compor tal documento, não cometendo erros senão aparentes. Agora que um século se passou, é evidente que texto é autêntico, porque inscrições fenícias, ugaríticas e em outras línguas semíticas do noroeste, põe-nos frente aos mesmos “erros”.
Å demonstração da autenticidade da inscrição da Paraíba não significa que todos os problemas estejam resolvidos e que todas as palavras e todas as construções de frases estejam definitiva e perfeitamente interpretadas. Todavia, o texto não é mais difícil nem mais anormal que o resto do texto fenício conhecidos. A importância desta inscrição provém de sua significação histórica. Uma ilustre estudiosa de assuntos colombianos declarou no começo deste século:
“(...) o papel dos fenícios como intermediários da civilização antiga foi maior do que se supôs, e (...) as Américas devem ter sido colonizadas intermitentemente por intermédio destes navegadores mediterrânicos (Zealia Nuttall, “Os princípios fundamentais das civilizações do Antigo e Novo Mundos”, Peabody Museum, Cambridge, Massachusetts, 1901). Em sua obra de mais de 600 páginas ela nem sequer menciona o texto da Paraíba, que fora condenado como falso.
Mas a crescente massa de provas que confirma esta tese, isolada no ostracismo, não deixa nenhuma dúvida quanto à justeza de sua conclusão, como acabamos de expor. Sua aceitação pelos americanistas e historiadores deverá preceder-se pelo reconhecimento da autencidade da inscrição da Paraíba pelos semitistas. E tudo o mais se ajustará. (O Dr. Gordon talvez seja otimista demais quanto a coisas que se ajustam por si mesma, especialmente se americanistas e historiadores imaginarem-se humilhados por um simples lingüista… infelizmente os ciúmes entre disciplinas diferentes não é desconhecido. Em todo caso, aguardemos que se ajustem as partes).
O boletim New World Antiquity ( Marham House Press Ltd, Brighton , Inglaterra) assinala em seu número de setembro / outubro de 1971, a obra ” The Parayba Phoenican Inscription, publicado por seu autor, Mr. Joseph Ayoob (Aliquippa, Pa LTSA, 1971) , que é a tradução em inglês de seu livro intitulado Sakhrat Parayba, publicado em Beirute em 1961. Encontra-se aí esta nova tradução da inscrição:
Tradução: ”Demos sepultura (ao) filho de Canaã vindo SRNM (Surinam), cidade em ruínas e um entreposto abandonado. Não eu, YZD (Yazid), o gravador do meio-dia e os homens que procuram a melhor de todas as coisas. E assim ao décimo nono ano de HRMl (Hiram), nosso rei morreu. (Tínhamos ) deixado alegremente ASU (Azion-Geber) num porto no Mar Vermelho e levantamos vela com dez navios.
Aí todos desapareceram para mim. De súbito, desapareceram: Hor e Chittim (nomes de navios) foram lançados sobre esta terra maldita: calor: Mir , Baal e Lan (navios) que vogavam em comboio, talvez tenham escapado às intempéries. Morreram vindas KSHN, 6 pessoas de um MBAYH (6 kuchitas de MBEYE), R (Rab, o capitão) e mais 10 pessoas pereceram. As perdas por mim e (mas) porque pelo (meu) camarada HNNA (Hanno).“
Acrescentamos que no número de abril de 1971, o New World Antiquity já havia publicado três outras traduções diferentes da inscrição da Paraíba vêem-se as numerosas armadilhas que espreitam mesmo os tradutores mais experimentados e, também, porque é difícil ter uma completa certeza.
[1] Fonte: Clique aqui.
[2] Fonte: www.thoth3126.com.br
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