Em 1899, da união de August e Emma, nasceu Alfred. Naquele mesmo ano muitos fatos históricos aconteceram, pois a História é dinâmica.
Em 1899, quando Alfred ainda estava para nascer - ou era apenas um bebezinho de menos de um ano de vida - foi assinada a Convenção de Haia; eclodiu a Segunda Guerra dos Bôeres (foto); o presidente da República Dominicana, Ulises Heureaux, foi assassinado; findou-se o domínio espanhol sobre Cuba; Francisco de Paula Oliveira Guimarães assumiu o cargo de intendente de Salvador-BA; nos Estados Unidos da América, James Gray assumiu o cargo de prefeito de Minneapolis e John Lind assumiu o governo do estado de Minnesota; o britânico George Nathaniel Curzon assumiu o cargo de vice-rei da Índia; Na Inglaterra, Samuel Roberts foi eleito prefeito de Sheffield e James Yates Foster assumiu o cargo de prefeito de Preston; nasceu Lillian Disney (esposa de Walt Disney); Morreu o político francês Charles François Marie Remusat; no dia 1º de janeiro Edward Müller assumiu a presidência da Suíça e, ainda na Suíça, no dia 07 de março, na cidade de Zürich, nasceu meu avô, Alfred Hafner, filho de Emma Müller e August Hafner.
Todos esses fatos ocorreram em 1899, final do século XIX. Porém, o último fato citado resultou, alguns anos depois, em meu nascimento (e daí a origem do meu nome Hafner). Todavia, não é pretensão minha afirmar que o nascimento do meu avô é um fato histórico, embora eu saiba muito bem que qualquer fato, por mais simples que seja, pode se tornar histórico, como disse Edward Hallet Carr, na obra Que é História, onde relata como um simples fato pode ser "pescado" por um historiador e, após ser tratado, transformar-se em um fato histórico. Isto posto, é coerente e bem fundamentada a minha assertiva de que a Migração Suíça para o Brasil (foto), em suas várias etapas, constitui um fato histórico, porquanto encontra-se registrada nos anais da História. Por conseguinte, o meu avô materno, Alfred Hafner, tornou-se personegem de um fato histórico, quando migrou da Suíça para o Brasil, tendo chegado em Salvador, capital da Bahia, no dia 24 de outubro de 1921, com apenas 22 anos de idade.
Foi na cidade de Valença, interior da Bahia, que meu avô (na foto com calça escura) conheceu a minha avó, Mariana Muniz Ferreira, contraindo com ela matrimônio no dia 05 de outubro de 1923 - dezenove dias antes de completar dois anos da sua chegada ao Brasil. Dessa união nasceram alguns filhos, dentre os quais minha mãe, Maria Marilza Ferreira Hafner, a caçula, que nasceu no dia 1º de setembro de 1947, na cidade de Ilhéus, Sul da Bahia. No mesmo dia em que minha mãe completou dezessete anos, em 1964, contraiu matrimônio com o meu pai, Carlos Santos do Nascimento, então com 21 anos de idade. No ano seguinte, 1965, no dia 10 de junho, em Ilhéus, eu nasci. Residíamos, na época, na Vila Militar do Aeroporto de Ilhéus, pois meu pai trabalhava no extinto DAC (Departamento de Aviação Civil), hoje ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil). Ainda com poucos meses de vida, contraí uma enfermidade que me levou à beira da morte. Minha mãe, inexperiente e desesperada, depois de ter me levado ao médico, tomou a iniciativa mais certa que alguém pode tomar: buscou em Deus a solução para o meu problema (Salmo 20.7). Chorando, me pegou no colo e foi para o quintal da nossa casa e, ainda em lágrimas, disse a Deus que, se Ele me livrasse da morte, poderia me tomar para ser Ministro do Evangelho do Senhor Jesus Cristo. Deus, por pura graça e misericórdia, aceitou a oferta de uma mãe aflita, como adiante veremos .
Andei por muitas veredas nesta vida, até embaraçar-me com o ateísmo. Isto aconteceu depois que lí um livro do escritor suíço Erich Anton Paul von Däniken, intitulado Eram os Deuses Astronautas?, que ficou famoso nos anos 1970 ao descrever como hipótese a suposta colonização da Terra por seres de outros planetas . Hoje não sei qual dos dois era o mais desmiolado, se Erich von Däniken, por escrever tamanha asneira, ou eu, por ter acreditado por um tempo nessa tese ridícula. E foi justamente aí que entrou o divisor de águas em minha vida. Tinha, então, 22 anos de idade quando o Espírito Santo abriu a minha mente de forma sobrenatural, para que eu entendesse a Palavra de Deus. Nessa época eu estava morando em Salvador, mesma cidade na qual meu avô desembarcou, vindo da Suíça, e estava com a mesma idade dele, quando ele lá chegou. Algum tempo se passou e, dezessete anos depois, Deus me deu um sonho. Neste sonho, Ele me levou até Fribourg, na Suíça, e me mostrou algumas situações específicas, dizendo-me, posteriormente, que me levaria até aquela cidade, conforme havia me mostrado. Seis anos se passaram e, em julho de 2010, eu pisei literalmente na cidade de Fribourg (ver foto acima), como Deus havia prometido (Números 23.19-20).
Meu avô migrou da Suíça para o Brasil e, setenta e nove anos depois, Deus me trouxe do Brasil para a Suíça. Hoje estou pastoreando, juntamente com minha esposa, Missionária Marta Vieira Hafner (comigo na foto), duas Congregações da Igreja Evangélica Assembléia de Deus, sendo uma em Chavannes-près-Renens, onde moramos, e outra em Yverdon-les-Bains. A Sede da nossa Igreja fica em Genebra, provisoriamente funcionando no prédio da La Poste (empresa de Correios da Suíça), sendo o Reverendo Paulo da Costa Silva nosso Pastor Presidente.
Estou na Suíça, país onde meu avô Alfred Hafner, meus bisavós August Hafner e Emma Müller, meus tios avós Fritz, Walter e Emma Hafner, minha prima Ruth Hafner e, pelo menos, boa parte dos meus antepassados nasceram. Corre em minhas veias, então, uma certa quantidade de sangue suíço, e isto me faz sentir, digamos, um pouco em casa. Aqui, dois fatos estão ocorrendo simultaneamente em minha vida: o primeiro é que, por pura graça e misericórdia, honrando o voto feito por minha mãe, Deus tornou-me um Ministro do Evangelho do Senhor Jesus Cristo e está me usando em sua Obra; o segundo é que, com muita fé Naquele que me trouxe até esta nação, estou lutando contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, justamente na terra de Erich von Däniken, conterrâneo dos meus antepassados supracitados e autor do livro que outrora me levou ao ateísmo. Assim, enquanto Deus me quiser neste lugar, estarei proclamando aos suíços e a quantos puder alcançar, que nunca houve deuses astronautas, mas que "há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem" (1 Tm 2.5).
Quero o melhor para a Suíça, e não é pelo sangue suíço que corre em minhas veias, mas pelo povo que aqui habita, por quem o precioso Sangue do Senhor Jesus Cristo foi derramado na cruz do Calvário. Oui, Jésus aime les suisses, et j'aime aussi!
Estou na Suíça, país onde meu avô Alfred Hafner, meus bisavós August Hafner e Emma Müller, meus tios avós Fritz, Walter e Emma Hafner, minha prima Ruth Hafner e, pelo menos, boa parte dos meus antepassados nasceram. Corre em minhas veias, então, uma certa quantidade de sangue suíço, e isto me faz sentir, digamos, um pouco em casa. Aqui, dois fatos estão ocorrendo simultaneamente em minha vida: o primeiro é que, por pura graça e misericórdia, honrando o voto feito por minha mãe, Deus tornou-me um Ministro do Evangelho do Senhor Jesus Cristo e está me usando em sua Obra; o segundo é que, com muita fé Naquele que me trouxe até esta nação, estou lutando contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, justamente na terra de Erich von Däniken, conterrâneo dos meus antepassados supracitados e autor do livro que outrora me levou ao ateísmo. Assim, enquanto Deus me quiser neste lugar, estarei proclamando aos suíços e a quantos puder alcançar, que nunca houve deuses astronautas, mas que "há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem" (1 Tm 2.5).
Quero o melhor para a Suíça, e não é pelo sangue suíço que corre em minhas veias, mas pelo povo que aqui habita, por quem o precioso Sangue do Senhor Jesus Cristo foi derramado na cruz do Calvário. Oui, Jésus aime les suisses, et j'aime aussi!
Pastor Hafner
Chavannes-Suíça
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