A IGREJA E O MEIO AMBIENTE - PARTE 2

"O cristão deve estar mais preocupado 

(com o meio ambiente) que o Greenpeace"


Assuntos sobre meio ambiente e ecologia já fazem parte da igreja evangélica na pós-modernidade, saindo cada vez mais da mordomia e se tornando práxis.

Os conceitos de mordomia cristã sempre estiveram presente nas escrituras, desde Gêneses, quando Deus manda o homem cuidar do jardim do éden. Mas os evangélicos sempre mantiveram o foco na salvação da alma, e esqueceram que a natureza também precisava de salvação.

A primeira reunião no mundo convocada pela ONU, foi a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente, realizada em Estocolmo, na Suécia, em junho de 1972.

Na mesma época, dois anos depois, aconteceu o primeiro encontro do que veio a ser o Movimento Lausanne, em 1974, na Suíça. Foi um grande encontro de evangélicos do mundo inteiro, com o objetivo de evangelizar o mundo.

A 1° Conferencia das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e o 1° Encontro do Movimento Lausanne, parece não ter nada em comum, além do fato de acontecer na mesma época. O primeiro tem o objetivo de salvação do planeta e o segundo a salvação de seus habitantes.

Mas acontece que o primeiro encontro de Lausanne, gerou o que nós conhecemos como o Pacto de Lausanne, e com o Pacto de Lausanne surge a nova ótica de missões, a Missão Integral. A Missão Integral não é mais só a salvação da alma, ela propõe que a justiça e a justificação pela fé, o louvor e as ações políticas, a transformação no âmbito espiritual, material e pessoal, e as mudanças estruturais devem caminhar juntas.

Ed Rene Kivitz, um dos pregadores da missão integral no Brasil, disse que “O caos do universo é fruto da rebeldia da raça humana em relação ao Deus criador; a redenção do universo: fazer convergir todas as coisas em Cristo”.

Para John Medcraft, pastor e presidente da Igreja Ação Evangélica, não existe dúvida “Cuidar da natureza faz parte da missão integral do Cristão”. John Medcraft chega a dizer que “o Cristão deve estar mais preocupado com o meio ambiente do que o Greenpeace”.

A missão integral que começava a aparecer no primeiro encontro de Lausanne, fica evidente no último Lausanne (Cidade do cabo, 2010) e a relação de meio ambiente e Igreja chegou a ser um assunto tema no Congresso.

Ken Gnankan, um dos participantes do último Lausanne, disse no encontro que “Os Cristãos tem sido atacados por uma interpretação errônea da doutrina bíblica da criação”. Segundo ele, “Temos o mandato de Deus para nós sermos guardiões, mordomos da criação de Deus”.

No Brasil, os evangélicos quase elegeram uma presidenta evangélica: Marina Silva, que foi ministra do meio ambiente por mais de 5 anos.

O deputado estadual José Bittencoutr, presidente do Instituto Teológico Betel do ABCD, criou um projeto de lei (PL1093) chamado “Selo Igreja Verde” que seria entregue às Igrejas comprometidas com a causa do meio ambiente.

Para ele “as Igrejas verdes abriram espaço para a conscientização ecológica”.

Mas não para por aí a luta de evangélicos pelo envolvimento da Igreja evangélica com a causa do meio ambiente. Referências como Ariovaldo Ramos, percussor da Missão Integral e presidente da visão mundial no Brasil, sempre usa o seu twitter para incentivar a luta pelo o meio ambiente: “Derrubada volta a crescer na Amazônia”.

Hoje temos até evangélicos considerados “ecocapelões”, como é o caso Valter Ravara, o criador do Instituto Gêneses 1.28, que trabalha com consciência ambiental nas Igrejas além de ser também um dos responsáveis pelo lançamento de uma versão da Bíblia chamada Bíblia Verde.


Fonte: Clique aqui.



Para ler a primeira parte de A IGREJA E O MEIO AMBIENTE CLIQUE AQUI.

Nenhum comentário:

Postar um comentário