O modelo para nós, hoje, está no livro de Atos dos Apóstolos (ou melhor, Atos do Espírito Santo), especialmente no capítulo 2. Ali encontramos as características do verdadeiro Pentecostes, que gera crentes e igrejas genuinamente pentecostais. As aberrações que vemos em nossos dias se devem ao distanciamento do modelo bíblico-apostólico, as quais são praticadas por movimentos ditos pentecostais, que são, na verdade, neopentecostais ou neoliberais.
Em Atos 2.1-4, vemos que todos estavam reunidos. A palavra “todos” é inclusiva, o que denota unidade no Espírito Santo. Não havia lugar para discordâncias, contendas, divergências pessoais em torno das coisas de Deus; todos estavam ali, juntos, reunidos. Será que havia naquela igreja espaço para disputas desleais por posição, cargo, etc., como vemos em nossos dias, principalmente em convenções de ministros?
No dia de Pentecostes, veio do Céu um som como de um vento (At 2.2). O que está ocorrendo atualmente nas igrejas vem mesmo do Céu? Reflitamos sobre a origem daquilo que ouvimos, vemos e sentimos (At 17.11). O verdadeiro revestimento de poder do Espírito vem do Alto (Lc 24.49; At 11.15). A Palavra de Deus nos alerta quanto a “outro espírito” (2Co 11.4), isto é, espíritos que se passam pelo verdadeiro Espírito de Deus (1 Jo 4.1).
O som que veio do Alto era como de um vento. Não houve vento natural de fato, e sim algo semelhante a seus efeitos. O que isso representa? O vento tem as seguintes características: impulsiona; separa (Sl 1.4 e Mt 3.12); movimenta; fertiliza (Cl 4.16; Jo 3.5,8); limpa; não tem cor (favoritismo, individualismo, discriminação); move-se continuamente (cf. Ec 1.6 e Gn 1.2); espalha perfume; suaviza no calor; vivifica (Ez 37.8-10). Mas devemos ter cuidado com os ventos que não provêm do Espírito de Deus (Mt 7.25; Ef 4.14).
Línguas como que de fogo também foram repartidas (At 2.3). O verdadeiro Pentecostes tem algo para se ouvir, para se ver e para se repartir, mas “do Céu”. Textos como Atos 2.4; 10.44-46 e 11.15 evidenciam que as línguas estranhas são o sinal físico inicial do batismo com o Espírito Santo. Elas são apresentadas, também, como um dos dons espirituais (1 Co 12.10,30). É isso que evidencia o batismo no Espírito, e não “quedas de poder” ou risos intermináveis.
As línguas foram “como que de fogo”. O que isso significa? O fogo tem as seguintes características: alastra-se; comunica-se; purifica; ilumina; aquece. A Assembléia de Deus, bem como toda e qualquer igreja que deseja caminhar sob poder do Espírito, precisa desse fogo do Céu!
Diante da manifestação do Espírito de Deus no dia de Pentecostes, muitos zombaram, dizendo: “Estão cheios de mosto” (At 2.13). Esses escarnecedores não eram pessoas ímpias, e sim religiosas. Hoje não acontece a mesma coisa? Há muitos zombadores e críticos religiosos. A Palavra de Deus afirma que, no último tempo, haveria escarnecedores (Jd v. 18).
No entanto, Pedro, cheio do Espírito Santo, pôs-se em pé e, além de dar uma resposta aos zombeteiros, pregou a Palavra de Deus (At 2.14-15). O verdadeiro Movimento Pentecostal é formado por crentes cheios do Espírito, que ficam de pé para pregar o evangelho, e não por aqueles que, dando lugar às suas emoções ou seguindo a modismos, caem ao chão para usufruir de “novas unções”...
Em muitos púlpitos (ou palcos?) não há mais espaço para a Palavra de Deus. O tempo é ocupado por excesso de música, peças teatrais, coreografias... A Assembléia de Deus precisa olhar para os pioneiros e se lembrar do temor que eles possuíam, do amor à Palavra e à oração, do desejo de evangelizar...
Só assim o capítulo 29 de Atos do Espírito Santo continuará sendo escrito por essa igreja e outras, fiéis à Palavra do Senhor.
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