Gosto de ler os Ensaios de Roberto Pompeu de Toledo. Para quem não sabe, ensaio é um texto literário breve, situado entre o poético e o didático, expondo ideias, críticas e reflexões éticas e filosóficas a respeito de certo tema. E, também para quem não sabe, Roberto Pompeu de Toledo é editor especial da Revista Veja. Faz reportagens especiais e mantém uma coluna na revista, publicada na última página.
Na Revista Veja de 04 de maio de 2011, Roberto Pompeu de Toledo nos trouxe um alerta interessante, me fazendo lembrar aquele velho dito popular: "Quem avisa, amigo é!" Ele chama a atenção da Presidente Dilma Rousseff para o fiasco total em que pode se transformar a Copa do Mundo de 2014, prevista para ser realizada no Brasil. Veja o que ele diz em sua coluna:
Roberto Pompeu de Toledo |
"Cara Presidente, não foi a senhora que inventou essa história de sediar a Copa do Mundo. Foi o Outro. Ele é que era, e continua sendo, louco por futebol. Ele é que criou na cabeça um Brasil tão grande e influente que terminaria com a crise do programa nuclear do Irã, arbitraria a paz entre árabes e israelenses, ganharia um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU e, para encerrar, como a última firula do artilheiro antes de fazer o gol, sediaria o Mundial de 2014. A senhora, ao contrário, e mil desculpas se for engano, aparenta se aborrecer mortalmente diante de um jogo de futebol. Também não é crível, simplesmente não cabe no seu perfil, que acredite no mesmo Brasil fantasioso do Outro. Se deu a entender que sim, isso ocorreu apenas no período eleitoral, em que, como no Carnaval, tudo é permitido.
'Falo, falo, e não digo o essencial', escrevia Nelson Rodrigues. O essencial é o seguinte: por que não desistir? Não seria a primeira vez. A Colômbia, escolhida para sediar a Copa de 1986, jogou a toalha três anos antes, e o torneio mudou para o México. O Brasil não vive a mesma crise econômica nem as ameaças do terrorismo esquerdista e dos cartéis da droga que atormentavam a Colômbia no período. Em contrapartida, temos colossais problemas de infraestrutura de transportes e, se não enfrentamos crise econômica, não nos sobra dinheiro para erguer estádios já nascidos com a marca de elefantes brancos, como, com todo o respeito, os de Natal, Manaus e Cuiabá.
Os aeroportos já são um caso perdido, segundo estudo do Ipea, um órgão aí da sua cozinha. Nove, entre os treze que servirão ao evento, de acordo com o estudo, não ficarão prontos a tempo. Na semana passada, num gesto que soa a desespero, pois contraria um dogma de seu partido, o governo abriu a possibilidade de privatização dos novos terminais. Mesmo que seja para valer, não serão dispensadas, é claro, as concorrências, os contratos, as licenças ambientais, sabe-se lá mais o quê. Mas, suponhamos que dê certo, e o prognóstico do Ipea não se confirme. Muito bem, o distinto público consegue desembarcar nos aeroportos. Suponhamos que num dos aeroportos paulistas. Novo desafio: como chegar à cidade? Não há trens, e as estradas vivem congestionadas. Como este é um exercício de boa vontade, suponhamos mais uma vez que consigam. Problema seguinte: como chegar ao estádio do Corinthians, no bairro de Itaquera, o escolhido da Fifa? A linha de metrô que o serve está saturada, e o tráfego nas avenidas com o mesmo destino é de fazer chorar. Mas suponhamos, mais uma vez, que dê certo. Enfim, chegamos. Mas... aonde? A um terreno baldio. O estádio do Corinthians não é mais que uma hipótese. Nem quem vai pagá-lo se sabe.
'Falo, falo e não digo o essencial.' O essencial desta missiva, senhora presidente, é sugerir-lhe uma estratégia. Se lhe parece humilhante desistir, assim na lata, a sugestão é a seguinte: brigue com a Fifa. Enfrente-a. Como o mundo inteiro sabe, a Fifa não é flor que se cheire. É uma entidade tão milionária, e tão abusada no uso de seus poderes, quanto são milionários e abusados seus dirigentes. Pega bem enfrentá-los. Brigue para que reduzam suas incontáveis exigências. Que aceitem a reforma de estádios existentes em vez de pedirem tantos novos. Que assumam parte das despesas. A Fifa está com a corda no pescoço tanto quanto a senhora. Na melhor das hipóteses, eles romperão com o Brasil e partirão para uma alternativa de emergência. A culpa não será da senhora, mas da arrogante inflexibilidade que demonstraram. Na pior, que já nos é favorável, reduzirão as exigências e arcarão com parte dos custos. A senhora já tem assunto demais com que se preocupar. Precisa livrar-se desta, com perdão da expressão, herança maldita.
Em paralelo, e com cuidado, a senhora trataria de reduzir o absurdo número de doze cidades-sede para os jogos. A questão exige mais cuidado por que mexe com interesses locais e porque aqui não foi a Fifa, foi ele, o Outro, que assim quis. Com a mente intoxicada de Brasil Grande e o olho nos dividendos eleitorais, ele quis agradar ao maior número de gente possível. Agiu, na manipulação do futebol, como faziam os governos militares. Na áfrica do Sul as sedes foram nove; nos EUA, outro país continental, também nove. abater o número de sedes diminui despesas e poupa o público do excesso de deslocamentos. Senhora presidente, ainda lhe sobra espaço político para agir. Tal qual estão postas as coisas, as alternativas são colapso absoluto, fiasco total ou fiasco parcial."
(TOLEDO, Roberto Pompeu de. Veja, Editora Abril, edição 2215, ano 44, nº 18, p. 166)
Como Pastor Evangélico pode parecer lugar-comum o que vou dizer aqui, senhora presidente. Mas não é. Ao contrário, é muito mais sério do que a senhora possa imaginar. Antes, porém, quero dizer que eu, quando ainda era Membro da Igreja Evangélica Assembleia de Deus , no ano de 1992, escrevi uma nota para o Espaço do Leitor do Jornal A Tarde, na Bahia, enderaçada ao então presidente Fernando Collor de Melo, informando-o do que o Brasil estava precisando. Dezenove anos depois me dirijo à senhora com o mesmo propósito, embora por outro meio de comunicação. Acredito na seriedade da senhora e sei do vosso indubitável conhecimento. Isto posto, sei que a senhora já estudou sobre a política do pão e circo, tão utilizada pelos Imperadores na Roma Antiga, e que proporcionava ao povo comida e diversão, a fim de diminuir a insatisfação popular contra os governantes. Citei esse fato histórico para fazer conexão entre ele, o que Roberto Pompeu de Toledo escreveu e o que eu tenho para falar.
Toledo fez um alerta interessante e muito pertinente, não apenas para a senhora, mas a todos os brasileiros. Tal alerta, porém, limita-se a uma situação específica que, sendo ligada ao fato histórico supracitado, pode ser comparada ao circo. Meu alerta, por sua vez, vem em lato sensu: A HISTÓRIA DA HUMANIDADE ESTÁ PRÓXIMA DO FIM! Não estou falando aqui do Calendário Maia com suas previsões catastróficas para 2012, pois isso não passa de especulação hollywoodiana. Estou falando do cumprimento da Palavra de Deus. Muitas profecias escritas na Bíblia Sagrada já se cumpriram, outras estão em fase de cumprimento, e as que se referem ao fim desta geração estão bem próximas de se cumprirem. Quando? Não sei. Pode ser este ano, o ano que vem, no outro ou, quem sabe, em 2014, ano em que o Brasil sediará a Copa do Mundo de Futebol.
O multicitado colunista da Revista Veja deu o seu conselho para que não se faça um investimento de tamanha magnitude em um evento que fatalmente resultará em, no mínimo, um "fiasco parcial". Eu vou mais além, aconselhando a senhora a pegar pelo menos o dinheiro que será empregado na construção de estádios descartáveis, e aplicá-lo na proclamação do Evangelho do Senhor Jesus Cristo, pois Ele está voltando. A vontade de Deus, senhora presidente, é que todos se salvem. Por isso Ele deu o Seu Filho Unigênito, para que todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3.16). Todavia, precisamos pregar isto para o povo que está perecendo. E a senhora tem o poder nas mãos para fazer com que a Verdade seja anunciada ao povo brasileiro e, até, além das nossas fronteiras. Essa Verdade é o Senhor Jesus Cristo - Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida; ninguém vai a Deus, a não ser por Ele.
O multicitado colunista da Revista Veja deu o seu conselho para que não se faça um investimento de tamanha magnitude em um evento que fatalmente resultará em, no mínimo, um "fiasco parcial". Eu vou mais além, aconselhando a senhora a pegar pelo menos o dinheiro que será empregado na construção de estádios descartáveis, e aplicá-lo na proclamação do Evangelho do Senhor Jesus Cristo, pois Ele está voltando. A vontade de Deus, senhora presidente, é que todos se salvem. Por isso Ele deu o Seu Filho Unigênito, para que todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3.16). Todavia, precisamos pregar isto para o povo que está perecendo. E a senhora tem o poder nas mãos para fazer com que a Verdade seja anunciada ao povo brasileiro e, até, além das nossas fronteiras. Essa Verdade é o Senhor Jesus Cristo - Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida; ninguém vai a Deus, a não ser por Ele.
Temos algo muito mais importante a fazer, senhora presidente, em lugar da realização de uma Copa do Mundo, por mais certeza do sucesso que tivéssemos. O Senhor Jesus está voltando e ainda está dizendo: "Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e meu fardo é leve." (Mt 11.28-30). Mas haverá um dia em que Ele estará sentado em um trono como Juiz, e muitos irão se lamentar a perda de tempo com "pão" e "circo", inclusive aqueles que tiveram em suas mãos o poder de anunciar a salvação que só há em Jesus Cristo. Sim, senhora presidente, temos algo mais importante a fazer, antes que seja tarde demais.
Pastor Hafner
Chavannes - Suíça
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