1) “Quando pedimos que comissários afivelem o cinto, o papo é sério” — Todo mundo sabe: o cinto de segurança deve ser afivelado sempre que o sinal acender. Mas fique especialmente atento quando o piloto pedir aos comissários que se sentem: vem turbulência forte por aí. Fique ligado também no modo como falam. Eles são honestos com os passageiros, mas não a ponto de assustá-los. Um aviso de “muita neblina”, por exemplo, pode significar “visibilidade zero”.
2) “Todo avião é atingido por raios” — E isso é relativamente comum. Estima-se que cada aeronave da frota norte-americana seja atingida pelo menos uma vez por ano. Antes que você se desespere e prometa viajar só em terra firme: a fuselagem é revestida de metal e isso blinda a cabine. A última vez que um avião caiu por isso nos EUA foi em 1967 porque o tanque de combustível foi atingido.
3) “A gente não come a mesma comida do copiloto” — Sim, tem um quê de teoria da conspiração nessa história. Imagine que piloto e copiloto escolham o mesmo prato e ele esteja contaminado por alguma bactéria terrível. Ambos ficarão incapacitados. Por isso, se um pede “chicken”, o outro vai de “pasta” – as chances de ambas estarem estragadas são menores e sempre sobra alguém para conduzir o voo.
4) “Álcool é um problema grave” — Segundo uma pesquisa da Universidade Harvard, 12,6% dos pilotos dos EUA têm sintomas de depressão (a média na população é de 7%) e 4% tiveram pensamentos suicidas recentes. Já de acordo com a Associação Brasileira de Pilotos da Aviação Civil, quase 25% dos pilotos da aviação regular brasileira têm hábitos de risco no consumo de álcool.
5) “As companhias mentem sobre o horário dos voos” — As chances de você não chegar no destino no horário indicado pela linha aérea são grandes. A boa notícia é que é provável que você chegue antes. Isso porque muitas empresas agora dizem que um voo leva mais tempo do que realmente necessita. É uma maneira de evitar punições por atrasos, caso algo dê mesmo errado.
6) “Não voe de madrugada no Brasil” — O risco de um piloto ou copiloto da aviação comercial brasileira falhar de forma grave é cerca de 50% maior quando sua escala de trabalho se prolonga pelo horário entre a 0h e as 6h, segundo um estudo de 2009 do Centro de Estudo Multidisciplinar em Sonolência e Acidentes (Cemsa) e do Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
7) “Companhias aéreas vivem trocando voos” — Há grandes chances de você comprar o voo por uma linha aérea e viajar por outra. Isso acontece bastante em viagens internacionais, quando empresas de diferentes países fazem parcerias. Até aí, tudo bem. O problema é que, dependendo do país, você pode parar no avião de alguma companhia regional, com pilotos menos treinados e bem menos experientes.
8) “Há, sim, um lugar ideal no avião para se sentar” — Se puder, escolha uma poltrona perto da asa. Nessa área fica o centro de gravidade do avião, o que pode significar uma viagem levemente mais suave. Já a parte menos estável é a de trás (para completar, no quesito conforto, os últimos assentos nem sempre reclinam). Então, ao menos lá no alto, evite a turma do fundão.
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FONTES: Revistas Pesquisa Fapesp, Reader’s Digest e Time; sites CBS News,Daily Mail, Elsevier, EurekAlert!, Folha de S.Paulo, Harvard University, iG, NYMAG, Pacific Standard, Physician Health Program, Surgery, University of British Columbia, USA Today, USP e Wired (vi no site Mundo Estranho).
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