O crente pode beber vinho e outras bebidas alcoólicas?

           
               No Brasil, algumas denominações evangélicas permitem que os seus membros  bebam moderadamente bebidas alcoólicas. Aqui na Europa, os evangélicos europeus, por uma questão cultural, bebem, principalmente vinho. Mas existe apoio na Bíblia para esse tipo de hábito (ou vício)? Para responder a esta pergunta, decidi postar neste blog um estudo da Bíblia de Estudo Pentecostal (CPAD) que trata do assunto com bastante propriedade. O estudo segue abaixo, e você pode emitir a tua opinião através de um comentário.

O VINHO NOS TEMPOS DO ANTIGO TESTAMENTO

              
               PALAVRA HEBRAICA PARA "VINHO". De um modo geral, há duas palavras hebraicas traduzidas por "vinho" na Bíblia.

               (1) A primeira palavra, a mais comum, é yayin, um termo genérico usado 141 vezes no Antigo Testamento para indicar vários tipos de vinho fermentado ou não-fermentado (Ver Neemias 5.18 que fala de "todo o vinho [yayin]" = todos os tipos). (a) Por um lado, yayin aplica-se a todos os tipos de suco de uva fermentado (Gn 9.20,21; 19.32,33; 1 Sm 25.36,37; Pv 23.30,31). Os resultados trágicos de tomar vinho fermentado aparece em vários trechos do Antigo Testamento, notadamente Pv 23.29-35 ["Para quem são os ais? Para quem, os pesares? Para quem, as pelejas? Para quem, as queixas? Para quem, as feridas sem causa? Para quem, os olhos vermelhos? Para os que se demoram perto do vinho, para os que andam buscando bebida misturada. Não olhes para o vinho, quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente. No seu fim, morderá como a cobra e, como o basilisco, picará. Os teus olhos olharão para as mulheres estranhas, e o teu coração falará perversidades. E serás como o que dorme no meio do mar e como o que dorme no topo do mastro e dirás: Espancaram-me, e não me doeu; bateram-me, e não o senti; quando virei a despertar? Ainda tornarei a buscá-la outra vez"]. (b) Por outro lado, yayin também se usa com referência ao suco doce, não fermentado, da uva. Pode referir-se ao suco fresco da uva espremida. Isaías profetiza: "já o pisador não pisará as uvas (yayin) nos lagares (Is 16.10); semelhantemente, Jeremias diz: "fiz que o vinho (yayin) acabasse nos lagares; já não pisarão uvas com júbilo (Jr 48.33). Jeremias até chama de yayin o suco ainda dentro da uva (Jr 40.10,12). Outra evidência que yayin, às vezes, refere-se ao suco não-fermentado da uva temos em Lamentações, onde o autor descreve os nenês de colo clamando às mães, pedindo seu alimento normal de "trigo e vinho (Lm 2.12). O fato do suco de uva não-fermentado poder ser chamado "vinho" tem o respaldo de vários eruditos. A Enciclopédia Judaica (1901) declara: "O vinho fresco antes da fermentação era chamado yayin-mi-gat [vinho de tonel] (Sanh, 70a)". Além disso, a Enciclopédia Judaica (1971) declara que o termo yayin era usado para designar o suco de uva em diferentes etapas, inclusive "o vinho recém-espremido antes da fermentação." O Talmude Babilônico atribui ao rabino Hiyya uma declaração a respeito de "vinho [yayin] do lagar" (Baba Bathra, 97a). E em Halakot Gedalot consta: "Pode-se espremer um cacho de uvas, posto que o suco da uva é considerado vinho [yayin] em conexão com as leis do nazireado" (citado por Louis Ginzberg no Almanaque Judaico Americano, 1923, pp. 408,409). [...]

               (2) A outra palavra hebraica traduzida por "vinho" é tirosh, que significa "vinho novo" ou "vinho da vindima". Tirosh ocorre 38 vezes no antigo Testamento; nunca se refere à bebida fermentada, mas sempre ao produto não-fermentado da videira, tal como o suco ainda no cacho de uvas (Is 65.8), ou o suco doce de uvas recém-colhidas (Dt 11.14; Pv 3.10; Jl 2.24). Brown, Driver, Briggs (Léxico Hebraico-Inglês do Velho Testamento) declaram que tirosh significa "mosto, vinho fresco ou novo". A Enciclopédia Judaica (1901) diz que tirosh inclui todos os tipos de sucos doces e mosto, mas não vinho fermentado". Tirosh tem "bênção nele" (Is 65.8); o vinho fermentado, no entanto, "é escarnecedor" (Pv 20.1) e causa embriaguez.

               (3) Além dessas duas palavras para "vinho", há outra palavra hebraica que ocorre 23 vezes no Antigo Testamento, e freqüentemente no mesmo contexto - shekar, geralmente traduzida por "bebida forte" (exemplo: 1 Sm 1.15; Nm 6.3). Certos estudiosos dizem que shekar, mais comumente, refere-se a bebida fermentada, talvez feita de suco de fruto de palmeira, de romã, de maçã, ou de tâmara. A Enciclopédia Judaica (1901) sugere que quando yayin se distingue de shekar, aquele era um tipo de bebida fermentada diluída em água, ao passo que esta não era diluída. Ocasionalmente, shekar pode referir-se a um suco doce, não fermentado, que satisfaz (Robert P. Teachout: "O Uso de Vinho no Velho Testamento", dissertação de doutorado em Teologia, Seminário Teológico Dallas, 1979). Shekar relaciona-se com shakar, um verbo hebraico que pode significar "beber à vontade", além de "embriagar". Na maioria dos casos, saiba-se que quando yayin e shekar aparecem juntos, formam uma única figura de linguagem que se refere às bebidas embriagantes.

               A POSIÇÃO DO ANTIGO TESTAMENTO SOBRE O VINHO FERMENTADO. Em vários lugares o Antigo Testamento condena o uso de yayin e shekar como bebidas fermentadas. (1) A Bíblia descreve os maus efeitos do vinho embriagante na história de Noé (Gn 9.20-27). Ele plantou uma vinha, fez a vindima, fez vinho embriagante de uva e bebeu. Isso o levou à embriaguez, à imodéstia, à indiscrição e à tragédia familiar em forma de uma maldição imposta sobre Canaã. Nos tempos de Abraão, o vinho embriagante contribuiu para o incesto que resultou em gravidez nas filhas de Ló (Gn 19.31-38). (2) Devido ao potencial das bebidas alcoólicas para corromper, Deus ordenou que todos os sacerdotes de Israel se abstivessem de vinho e doutras bebidas fermentadas, durante sua vida ministerial. Deus considerava a violação desse mandamento suficientemente grave para motivar a pena de morte para o sacerdote que a cometesse (Lv 10.9-11). (3) Deus também revelou a sua vontade a respeito do vinho e das bebidas fermentadas ao fazer da abstinência uma exigência para todos que fizessem voto de nazireado (ver a próxima seção). (4) Salomão, na sabedoria que Deus lhe deu, escreveu: "O vinho é escarnecedor, e bebida forte, alvoroçadora; e todo aquele que neles errar nunca será sábio" (Pv 20.1). As bebidas alcoólicas podem levar o usuário a zombar do padrão de justiça estabelecido por Deus e a perder o autocontrole no tocante ao pecado e à imoralidade. (5) Finalmente, a Bíblia declara de modo inequívoco que para evitar ais e pesares e, em lugar disso, fazer a vontade de Deus, os justos não devem admirar, nem desejar qualquer vinho fermentado que possa embriagar e viciar [veja as notas abaixo]:

               VINHO... BEBIDA MISTURADA (Pv 23.29-35). Nestes versículos, temos o primeiro mandamento claro e preciso, na revelação progressiva de Deus, que proíbe o seu povo de beber vinho fermentado (ver a nota seguinte). Deus nos instrui aqui concernente a bebidas alcoólicas e da sua influência degradante.

               NÃO OLHES PARA O VINHO, QUANDO SE MOSTRA VERMELHO (Pv 23.31). Este versículo adverte sobre o perigo do vinho (hb. yayin) uma vez fermentado. Portanto, o yayin a que se refere esta passagem deve ser distinguido do yayin não fermentado [...]. Fermentação é o processo pelo qual o açúcar do suco de uva converte-se em ácool e em dióxido de carbono. (1) O verbo "olhar" (hb. ra'ah) é uma palavra comum que significa "ver, olhar, examinar" (conforme Gn 27.1); ra'ah é também pregado no sentido de "escolher", o que sugere que não devemos olhar com desejo para o vinho fermentado. Deus instrui seu povo a nem sequer pensar em beber vinho fermentado; nada se diz nessa passagem sobre beber vinho com moderação. (2) O adjetivo "vermelho" (hb. 'adem) significa "vermelho, avermelhado, rosado". Segundo o Lexicon de Gesenius, isso refere-se à "efervescência" do vinho no copo, isto é, seu borbulhar cintilante. (3) A frase seguinte: "quando resplandece no copo", diz literalmente "quando [o vinho] dá olho no copo". Trata-se das bolhas de dióxido de carbono produzidas pela fermentação, ou à aparência borbulhante do vinho fermentado.

               NO SEU FIM, MORDERÁ COMO A COBRA (Pv 23.32). Deus proíbe seu povo de contemplar o vinho quando vermelho, pois o vinho fermentado destrói a pessoa, qual serpente e, como víbora, ele a envenena. Os efeitos do álcool são demoníacos e destruidores; incluem olhos avermelhados, visão turva, mente confusa e palavras perversas e enganosas (Pv 23.29 e 33). Tomar bebidas leva o indivíduo à embriaguez (Pv 23.34), aos ais, à tristeza, à violência, às brigas, aos danos físicos (Pv 23.29 e 35) e ao vício crônico.

               AINDA TORNAREI A BUSCÁ-LA OUTRA VEZ (Pv 23.35). Este trecho descreve os efeitos da dependência do vinho fermentado. Freqüentemente, aquele que bebe, quer beber sempre mais, até perder seu autocontrole. É por isso que a Palavra de Deus diz: "Não olhes para o vinho". O crente não deve beber nenhuma bebida embriagante. Esta ordem é atual e válida para o povo de Deus hoje.

               OS NAZIREUS E O VINHO. O elevado nível da vida separada e dedicada a Deus, dos nazireus, devia servir como exemplo a todo israelita que quisesse assim fazer. Deus deu aos nazireus instruções claras a respeito do uso do vinho. (1) Eles deviam abster-se "de vinho e de bebida forte" (Nm 6.3); nem sequer lhes era permitido comer ou beber qualquer produto feito de uvas, quer em forma líquida, quer em forma sólida. O mais provável é que Deus tenha dado esse mandamento como salvaguarda ante a tentação de tomar bebidas inebriantes e ante a possibilidade de um nazireu beber vinho alcoólico por engano (Nm 6.3,4). Deus não queria que uma pessoa totalmente dedicada a Ele se deparasse com a possibilidade de embriaguez ou de viciar-se (Conforme Lv 10.8-11; Pv 31.4,5). Daí, o padrão mais alto posto diante do povo de Deus, no tocante às bebidas alcoólicas, era a abstinência total (Nm 6.3,4). (2) Beber álcool leva, freqüentemente, a vários outros pecados (tais como a imoralidade sexual ou a criminalidade). Os nazireus não deviam comer nem beber  nada que tivesse origem na videira, a fim de ensinar-lhes que deviam evitar o pecado e tudo que se assemelhasse ao pecado, que leva a ele, ou que tenta a pessoa a cometê-lo. (3) O padrão divino para os nazireus, da total abstinência de vinho e de bebidas fermentadas, era rejeitado por muitos em Israel nos tempos de Amós. Esse profeta declarou que os ímpios "aos nazireus destes vinho a beber" (Am 2.12). O profeta Isaías declara por sua vez: "o sacerdote e o profeta erram por causa da bebida forte, andam errados na visão e tropeçam no juízo. Porque todas as suas mesas estão cheias de vômitos e de imundícia; não há nenhum lugar limpo" (Is 28.7,8). Assim ocorreu, porque esses dirigentes recusaram o padrão da total abstinência estabelecido por Deus. (4) A marca essencial do nazireado - isto é, sua total consagração a Deus e aos padrões mais elevados - é um dever do crente em Cristo (conforme Rm 12.1; 2 Co 6.17; 7.1). A abstinência de tudo quanto possa levar a pessoa ao pecado, estimular o desejo por coisas prejudiciais, abrir caminho à dependência de drogas ou do álcool, ou levar um irmão ou irmã a tropeçar, é tão necessário para o crente hoje quanto o era para o nazireu dos tempos do Antigo Testamento.



O VINHO NOS TEMPOS DO NOVO TESTAMENTO


               VINHO: FERMENTADO OU NÃO FERMENTADO? Segue-se um exame da palavra bíblica mais comumente usada para vinho. A palavra grega para "vinho", em Lucas 7.33, é oinos. Oinos pode referir-se a dois tipos bem diferentes de suco de uva: (1) suco não fermentado, e (2) vinho fermentado e embriagante. Esta definição apóia-se nos dados abaixo.

               (1) A palavra grega oinos era usada pelos autores seculares e religiosos, antes da era cristã e nos tempos da igreja primitiva, em referência ao suco fresco da uva (ver Aristóteles, Metereologica, 387.b.9-13). (a) Anacreontes (cerca de 500 a.C.) escreve: "Esprema a uva, deixe sair o vinho [oinos]" (Ode 5). (b) Nicandro (século II a.C.) escreve a respeito de espremer uvas e chama de oinos o suco daí produzido (Georgica, fragmento 86). (c) Papias (60-130 d.C.), um dos pais da igreja primitiva, menciona que quando as uvas são espremidas produzem "jarros de vinho [oinos]" (citado por Ireneu, Contra as Heresias, 5.33.3 - 4). (d) Uma carta em grego escrita em papiro (P. Oxy. 729; 137 d.C.), fala de "vinho [oinos] fresco, do tanque de espremer" (ver Moulton e Milligan, The Vocabulary of the Greek Testament, p. 10). (e) Ateneu (200 d.C.) fala de um "vinho [oinos] doce", que "não deixa pesada a cabeça" (Ateneu, Banquete, 1.54). Noutro lugar, escreve a respeito de um homem que colhia uvas "acima e abaixo, pegando vinho [oinos] no campo" (1.54). Para considerações mais pormenorizadas sobre o uso de oinos pelos escritores antigos, ver Robert P. Teachout: "O Emprego da Palavra 'Vinho' no Antigo Testamento". (Dissertação de Th.D. no Seminário Teológico de Dallas, 1979).

               (2) Os eruditos judeus que traduziram o Antigo Testamento do hebraico para o grego cerca de 200 a.C. empregaram a palavra oinos para traduzir várias palavras hebraicas que significam vinho [...]. Noutras palavras, os escritores do Novo Testamento entendiam que oinos pode referir-se ao suco de uva, com ou sem fermentação.

               (3) Quanto a literatura grega secular e religiosa, um exame de trechos do Novo Testamento também revela que oinos pode significar vinho fermentado, ou não fermentado. Em Efésios 5.18, o mandamento: "não vos embriagueis com vinho [oinos]" refere-se ao vinho alcoólico. Por outro lado, em Apocalipse 19.15 Cristo é descrito pisando o lagar. O texto grego diz: "Ele pisa o lagar do vinho [oinos]"; o oinos que sai do lagar é suco de uva [...]. Em Apocalipse 6.6, oinos refere-se às uvas da videira como uma safra que não deve ser destruída. Logo, para os crentes dos tempos do Novo Testamento, "vinho" (oinos)  era uma palavra genérica que podia ser usada para duas bebidas distintivamente diferentes, extraídas da uva: o vinho fermentado e o não fermentado.

               (4) Finalmente, os escritores romanos antigos explicam com detalhes vários processos usados para tratar o suco de uva recém-espremido, especialmente as maneiras de evitar sua fermentação. (a) Columela (Da Agricultura, 12.29), sabendo que o suco de uva não fermenta quando mantido frio (abaixo de 10 graus C.) e livre de oxigênio, escreve da seguinte maneira: "Para que o suco de uva sempre permaneça tão doce quando produzido, siga estas instruções: Depois de aplicar a prensa às uvas, separe o mosto mais novo [isto é, suco fresco], coloque-o num vasilhame (amphora) novo, tampe-o bem e revista-o muito cuidadosamente com piche para não deixar a mínima gota de água entrar; em seguida, mergulhe-o numa cisterna ou tanque de água fria, e não deixe nenhuma parte da ânfora ficar acima da superfície. Tire a ânfora depois de quarenta dias. O suco permanecerá doce durante um ano" (ver também Columela: Agricultura e Árvores; Catão: Da Agricultura). O escritor romano Plínio (século I d.C.) escreve: "Tão logo tiram o mosto [suco de uva] do lagar, colocam-no em tonéis, deixam estes submersos na água até passar a primeira metade do inverno, quando o tempo frio se instala" (Plínio, História Natural, 14.11.83). Este método deve ter funcionado bem na terra de Israel (ver Dt 8.7; 11.11,12; Sl 65.9-13). (b) Outro método de impedir a fermentação das uvas é fervê-las e fazer um xarope [...]. Historiadores antigos chamavam esse produto de "vinho" (oinos). O Cônego Ferrar (Smith's Bible Dictionary, p. 747) declara que "os vinhos assemelhavam-se mais a xarope; muitos deles não eram embriagantes". Ainda, O Novo Dicionário da Bíblia (p. 1665), observa que "sempre havia meios de conservar doce o vinho durante o ano inteiro".

               O USO DO VINHO NA CEIA DO SENHOR. Jesus usou uma bebida fermentada ou não fermentada de uvas, ao instituir a Ceia do Senhor (Mt 26.26-29; Mc 14.22-25; Lc 22.17-20; 1 Co 11.23-26)? Os dados abaixo levam à conclusão de que Jesus e seus discípulos beberam no dito ato suco de uva não fermentado. 


               (1) Nem Lucas nem qualquer outro escritor bíblico emprega a palavra "vinho" (gr. oinos) no tocante à Ceia do Senhor. Os escritores dos três primeiros Evangelhos empregam a expressão "fruto da vide" (Mt.26.29; Mc 14.25; Lc 22.18). O vinho não fermentado é o único "fruto da vide" verdadeiramente natural, contendo aproximadamente 20% de açúcar e nenhum álcool. A fermentação destrói boa parte do açúcar e altera aquilo que a videira produz. O vinho fermentado não é produzido pela videira.

               (2) Jesus instituiu a Ceia do Senhor quando Ele e seus discípulos estavam celebrando a Páscoa. A lei da Páscoa em Êxodo 12.14-20 proibia, durante a semana daquele evento, a presença de seor (Êx 12.15), palavra hebraica para fermento ou qualquer agente fermentador. Seor, no mundo antigo, era freqüentemente obtido da espuma espessa da superfície do vinho quando em fermentação. Além disso, todo o hametz (isto é, qualquer coisa fermentada) era proibido (Êx 12.19; 13.7). Deus dera essas leis porque a fermentação simbolizava a corrupção e o pecado (conforme Mt 16.6,12; 1 Co 5.7,8). Jesus, o Filho de Deus, cumpriu a lei em todas as suas exigências (Mt 5.17). Logo, teria cumprido a lei de Deus para a Páscoa, e não teria usado vinho fermentado.

               (3) Um intenso debate perpassa os séculos entre os rabinos e estudiosos judaicos sobre a proibição ou não dos derivados fermentados da videira durante a Páscoa. Aqueles que sustentam uma interpretação mais rigorosa e literal das Escrituras hebraicas, especialmente Êxodo 13.7, declaram que nenhum vinho fermentado devia ser usado nessa ocasião.

               (4) Certos documentos judaicos afirmam que o uso do vinho não fermentado na Páscoa era comum nos tempos do Novo Testamento. Por exemplo: "Segundo os Evangelhos Sinóticos, parece que no entardecer da quinta-feira da última semana de vida aqui, Jesus entrou com seus discípulos em Jerusalém, para com eles comer a Páscoa na cidade santa; neste caso, o pão e o vinho do culto de Santa Ceia instituído naquela ocasião por Ele, como memorial, seria o pão asmo e o vinho não fermentado do culto Seder" (ver "Jesus". The Jewish Encyclopaedia, edição de 1904. V.165).

               (5) No Antigo Testamento, bebidas fermentadas nunca deviam ser usadas na casa de Deus, e um sacerdote não podia chegar-se a Deus em adoração se tomasse bebida embriagante [...]. Jesus Cristo foi o Sumo Sacerdote de Deus no novo concerto, e chegou-se a Deus em favor do seu povo (Hb 3.1; 5.1-10).

               (6) O valor de um símbolo se determina pela sua capacidade de conceituar a realidade espiritual. Logo, assim como o pão representava o corpo puro de Cristo e tinha que ser pão asmo (isto é, sem a corrupção da fermentação), o fruto da vide, representando o sangue incorruptível de Cristo, seria melhor representado por suco de uva não fermentado (conforme 1 Pedro 1.18,19). Uma vez que as Escrituras declaram explicitamente que o corpo e o sangue de Cristo não experimentaram corrupção (Sl 16.10; At 2.27; 13.37), esses dois elementos são corretamente simbolizados por aquilo que não é corrompido nem fermentado.

               (7) Paulo determinou que os coríntios tirassem dentre eles o fermento espiritual, isto é, o agente fermentador "da maldade e da malícia", porque Cristo é a nossa Páscoa (1 Co 5.6-8). Seria contraditório usar na Ceia do Senhor um símbolo da maldade, isto é, algo contendo levedura ou fermento, se considerarmos os objetivos dessa ordenança do Senhor, bem como as exigências bíblicas para dela participarmos.

               O VINHO: MISTURADO OU INTEGRAL? Os dados históricos sobre o preparo e uso do vinho pelos judeus e por outras nações no mundo bíblico mostram que o vinho era: (a) freqüentemente não fermentado; e (b) em geral misturado com água. [...] O presente estudo menciona dois outros processos de preparação da uva para posteriormente ser misturada com água.

               (1) Um dos métodos era desidratar as uvas, borrifá-las com azeite para mantê-las úmidas e guardá-las em jarras de cerâmica (Enciclopédia Bíblica Ilustrada de Zondervan, V. 882; ver também Columella, Sobre a Agricultura 12.44.1-8). Em qualquer ocasião, podia-se fazer uma bebida muito doce de uvas assim conservadas. Punha-se-lhes água e deixava-as de molho ou na fervura. Políbio afirmou que as mulheres romanas podiam beber desse tipo de refresco de uva, mas que eram proibidas de beber vinho fermentado (ver Políbio, Fragmentos, 6.4; conforme Plínio, História Natural, 14.11.81).

               (2) Outro método era ferver suco de uva fresco até se tornar em pasta ou xarope grosso (mel de uvas); este processo deixava-o em condições de ser armazenado, ficando isento de qualquer propriedade inebriante por causa da alta concentração de açúcar, e conservava a sua doçura (ver Columella, Sobre a Agricultura, 12.19.1-6; 20.1-8; Plínio, História Natural, 14.11.80). Essa pasta ficava armazenada em jarras grandes ou odres. Podia ser usada como geléia para passar no pão, ou dissolvida em água para voltar ao estado de suco de uva (Enciclopédia Bíblica Ilustrada de Zondervan, V. 882-884).  É provável que a uva fosse muito cultivada para produção de açúcar. O suco extraído no lagar era engrossado pela fervura até tornar-se em líquido conhecido como "mel de uvas" (Enciclopédia Internacional da Bíblia, V. 3050). Referências ao mel na Bíblia freqüentemente indicam o mel de uva (chamado debash pelos judeus), em vez do mel de abelha.

               (3) A água, portanto, pode ser adicionada a uvas desidratadas, ao xarope de uvas e ao vinho fermentado. Autores gregos e romanos citavam várias proporções de mistura adotadas. Homero (Odisséia, IX 208ss.) menciona uma proporção de vinte partes de água para uma parte de vinho. Plutarco (Symposíacas, III.ix) declara: "Chamamos vinho diluído, embora o maior componente seja a água". Plínio (História Natural, XIV.6.54) menciona uma proporção de oito partes de água para uma de vinho.

               (4) Entre os judeus dos tempos bíblicos, os costumes sociais e religiosos não permitiam o uso de vinho puro, fermentado ou não. O Talmude (uma obra judaica que trata das tradições do judaísmo entre 200 a.C. e 200 d.C.) fala, em vários trechos, da mistura de água com vinho (exemplo, Shabbath 77a; Pesahim 1086). Certos rabinos insistiam que, se o vinho fermentado não fosse misturado com três partes de água, não podia ser abençoado e contaminaria quem o bebesse. Outros rabinos exigiam dez partes de água no vinho fermentado para poder ser consumido.

               (5) Um texto interessante temos no livro de Apocalipse, quando um anjo, falando do "vinho da ira de Deus", declara que ele será "não misturado", isto é, totalmente puro (Ap 14.10). Foi assim expresso porque os leitores da época entendiam que as bebidas derivadas de uvas eram misturadas com água [...].

               Em resumo, o tipo de vinho usado pelos judeus nos dias da Bíblia não era idêntico ao de hoje. Tratava-se de (a) suco de uva recém-espremido; (b) suco de uva assim conservado; (c) suco obtido de uva tipo passas; (d) vinho de uva feito do seu xarope, misturado com água; e (e) vinho velho, fermentado ou não, diluído em água, numa proporção de até 20 para 1. Se o vinho fermentado fosse servido não diluído, isso era considerado indelicadeza, contaminação e não podia ser abençoado pelos rabinos. À luz desses fatos, é ilícita a prática corrente de ingestão de bebidas alcoólicas com base no uso do "vinho" pelos judeus dos tempos bíblicos. Além disso, os cristãos dos dias bíblicos eram mais cautelosos do que os judeus quanto ao uso do vinho [...].

               A GLÓRIA DE JESUS MANIFESTA ATRAVÉS DO VINHO. Em João 2, vemos que Jesus transformou água em "vinho" nas bodas de Caná. Que tipo de vinho era esse? Conforme já vimos, podia ser fermentado ou não, concentrado ou diluído. A resposta deve ser determinada pelos fatos contextuais e pela probabilidade moral. A posição da [Bíblia de Estudo Pentecostal] é que Jesus fez vinho (oinos) suco de uva integral e sem fermentação. Os dados que se seguem apresentam fortes razões para rejeição da opinião de que Jesus fez vinho embriagante.

               (1) O objetivo primordial desse milagre foi manifestar a sua glória (Jo 2.11), de modo a despertar a fé pessoal e a confiança em Jesus como o Filho de Deus, santo e justo, que veio salvar o seu povo do pecado (Jo 2.11; conforme Mt 1.21). Sugerir que Cristo manifestou a sua divindade como o Filho Unigênito do Pai (Jo 1.14), mediante a criação milagrosa de inúmeros litros de vinho embriagante para uma festa de bebedeiras [...], e que tal milagre era extremamente importante para sua missão messiânica, requer um grau de desrespeito, e poucos se atreviriam a tanto. Será, porém, um testemunho da honra de Deus, e da honra e glória de Cristo, crer que Ele criou sobrenaturalmente o mesmo suco de uva que Deus produz anualmente através da ordem natural, tornando-se um símbolo de Cristo para transformar espiritualmente pecadores em filhos de Deus (Jo 3.1-15). Devido a esse milagre, vemos a glória de Cristo "como a glória do Unigênito do Pai (Jo 1.14; conforme Jo 2.11).

               (2) Contraria a revelação bíblica quanto a perfeita obediência de Cristo a seu Pai celestial (conforme Jo 4.34; Fp 2.8,9) supor que Ele desobedeceu ao mandamento moral do Pai: "Não olhes para o vinho, quando se mostra vermelho... e se escoa suavemente", isto é, quando é fermentado (Pv 23.31). Cristo por certo sancionou os textos bíblicos que condenam o vinho embriagante como escarnecedor e alvoroçador (Pv 20.1), bem como as palavras de Habacuque 2.15: "Ai daquele que dá de beber ao seu companheiro!... e o embebedas" (conforme Lv 10.8-11; Pv 31.4-7; Is 28.7; Rm 14.21).

(3) Note, ainda, o seguinte testemunho da medicina moderna. (a) Os maiores médicos especialistas atuais em defeitos congênitos citam evidências comprovadas de que o consumo moderado de álcool danifica o sistema reprodutivo das mulheres jovens, provocando abortos e nascimentos de bebês com defeitos mentais e físicos incuráveis. Autoridades mundialmente conhecidas  em embriologia precoce afirmam que as mulheres que bebem até mesmo quantidades moderadas de álcool, próximo ao tempo da concepção (cerca de 48 horas), podem lesar os cromossomos  de um óvulo em fase de liberação, e daí causar sérios distúrbios no desenvolvimento mental e físico do nenê. (b) Seria teologicamente absurdo afirmar que Jesus haja servido bebidas alcoólicas, contribuindo para o seu uso. Afirmar que Ele não sabia dos terríveis efeitos em potencial que as bebidas inebriantes têm sobre os nascituros é questionar sua divindade, sabedoria e discernimento entre o bem e o mal. Afirmar que Ele sabia dos danos em potencial e dos resultados deformadores do álcool, e que, mesmo assim, promoveu e fomentou seu uso, é lançar dúvidas sobre a sua bondade, compaixão e seu amor.

               A única conclusão racional, bíblica e teológica acertada é que o vinho que Cristo fez nas bodas, a fim de manifestar a sua glória, foi o suco puro e doce de uva, e não fermentado.


BIBLIOGRAFIA

Bíblia de Estudo Pentecostal, Editora CPAD, 2002, pp. 241, 242, 954, 955, 1517, 1518, 1519, 1573 e 1574.

II VIGÍLIA DA ASSEMBLEIA DE DEUS MISSÃO SUÍÇA

               Assista o vídeo de divulgação da II Vigília (ano 2012) da Igreja Evangélica Assembleia de Deus (Ministério Missão Suíça):



13 - O PRIMEIRO LIVRO DAS CRÔNICAS


  • Autor: Esdras (?)

  • Tema: A História de Israel sob o Prisma da Redenção

  • Data: 450 - 420 a.C.



  •  Considerações Preliminares

                    A história registrada em 1 e 2 Crônicas é pré-exílica; a origem e a perspectiva do livro, no entanto, são pós-exílicas, escritas na segunda metade do século V a.C., algum tempo depois de Esdras, quando um segundo grande grupo de exilados judeus, provenientes de Babilônia e da Pérsia, regressaram à Palestina (457 a.C.). As invasões de Israel e a destruição e Jerusalém pelo rei Nabucodonosor (606 - 586 a.C.), além dos 70 anos subseqüentes do cativeiro babilônico, aniquilaram muito das esperanças e ideais dos judeus como o povo do concerto. Por isso, os exilados que voltaram para reedificar Jerusalém e o templo precisavam de um alicerce espiritual, isto é, um meio de identificação com sua história redentora anterior e uma compreensão da sua fé presente e esperança futura como o povo do concerto. 1 e 2 Crônicas foram escritos para suprir essa necessidade e avivar a esperança desses exilados que agora retornavam.

                   Os livros das Crônicas, Esdras e Neemias foram escritos para os judeus que retornaram do exílio para a Palestina, e têm muito em comum quanto ao estilo, linguagem, perspectiva e propósito. Os eruditos crêem, de comum acordo, que estes livros tiveram um único autor ou compilador que, segundo o Talmude e a maioria dos eruditos judeus e cristãos antigos, foi Esdras, o sacerdote e escriba. Posto que 1 e 2 Crônicas foram escritos do ponto de vista sacerdotal, e que os versículos finais de 2 Crônicas (36.22,23) são idênticos a Esdras 1.1-3, a tradição talmúdica de que Esdras foi o "cronista" fica assim reforçada.

                   O autor consultou numerosos registros escritos ao escrever Crônicas (ver 1 Cr 29.29; 2 Cr 9.29; 12.15; 20.34; 32.32). Como líder espiritual, Esdras teve acesso a todos os documentos existentes na escritura de Crônicas. Esta é uma antiga tradição que pode indicar com exatidão os meios que o Espírito Santo utilizou para guiar e inspirar o autor humano na composição desses dois livros. 

     Propósito

                    Os livros de Crônicas foram escritos para vincular os judeus egressos do cativeiro aos seus antepassados e à sua história messiânica. Assim fazendo, eles ressaltam três coisas: (1) a importância da preservação das tradições raciais e espirituais pelos judeus; (2) a importância da lei, do templo e do sacerdócio no seu contínuo relacionamento com Deus, muito mais importante do que sua lealdade a um rei terreno; e (3) a esperança máxima de Israel na promessa divina de um descendente messiânico de Davi assentar-se no trono para sempre (1 Cr 17.14).
            
     Visão Panorâmica

                    Embora a origem e a perspectiva de 1 e 2 Crônicas sejam pós-exílicas, apresentam uma visão panorâmica da história do Antigo Testamento desde Adão até o decreto de Ciro (cerca de 538 a.C.), quando, então, os judeus receberam permissão de regressar do exílio em Babilônia e na Pérsia. 1 Crônicas gira em torno de dois temas principais: a história genealógica de Israel (caps. 1 ao 9) e o reinado do rei Davi (caps. 10 ao 29).

                   (1) Os capítulos 1 ao 9 narram a incomparável história redentora de Israel, de Adão a Abraão, Davi e o exílio em Babilônia. A tribo de Judá ocupa o primeiro lugar entre os doze filhos de Jacó, porque dela provieram Davi, o templo e o Messias. As genealogias revelam como Deus escolheu e preservou um remanescente para si mesmo desde os primórdios da história da humanidade até o período pós-exílico. A perspectiva sacerdotal deste livro é evidente através da atenção especial dedicada às famílias dos sacerdotes e levitas.

                   (2) Os capítulos 10 ao 29 tratam do reinado de Davi. Os valentes de Davi (11 - 12) e seus grandes feitos (14; 18 - 20) são ressaltados. De igual modo os levitas, sacerdotes e músicos de sua corte (23 - 26). O autor enfatizou aquilo que Davi fez ao reintegrar a arca do concerto e estabelecer Jerusalém como a sede do culto a Deus em Israel (13 - 16; 22;28;29). Diferente de 2 Samuel, 1 Crônicas não enuncia os repugnantes pecados de Davi e suas subseqüentes e trágicas conseqüências. Ao invés disso, o livro retrata aquilo que não aparece em 2 Samuel: as diligentes e detalhadas providências de Davi para edificar o templo e estabelecer a adoração ao Senhor Deus. Essas omissões e adições da parte do Espírito Santo tinham o propósito de satisfazer as necessidades do povo de Deus do pós-exílio.

    Características Especiais

                   Cinco características principais destacam 1 Crônicas. (1) Cobre, aproximadamente, o mesmo período histórico de 1 e 2 Samuel. (2) Suas genealogias (1 - 9) sãos as mais longas e mais completas da Bíblia. Sabendo-se que os livros de 1 e 2 Crônicas constituem a última parte do Antigo Testamento hebraico, segundo a ordem de seus livros, essas genealogias foram ali convenientemente colocadas para proporcionarem inspiração e conteúdo às genealogias do Messias no início do Novo Testamento. (3) Descreve vividamente a renovação e restauração sem precedentes de todas as formas de culto ao Senhor quando Davi levou a arca do concerto a Jerusalém (15;16). (4) Destaca o concerto de Deus com Davi (cap. 17), enfocando principalmente a esperança de Israel no Messias prometido. (5) Sua história seletiva reflete a perspectiva sacerdotal do autor inspirado, no tocante ao restabelecimento do templo, da lei e do sacerdócio entre os que voltaram do exílio, em Jerusalém.

    O Livro de 1 Crônicas Face ao Novo Testamento

                     O registro genealógico a partir de Adão até o exílio em Babilônia, inclusive dos reis davídicos e os seus descendentes (caps. 3;4), supre os dados necessários às genealogias no Novo Testamento de Jesus o Messias em Mateus (1.1-7), e de Jesus o Filho de Deus em Lucas (3.23-28). O cenário de Davi em 1 Crônicas, assentado no trono do Senhor e reinando (17.14), prefigura a vinda do "Filho de Davi", messiânico, Jesus Cristo.

    Fidedignidade Histórica de Crônicas

                    Certos críticos inescrupulosos consideram Crônicas um história forjada ou distorcida e daí menos fidedigna do que o registro de Samuel e Reis. Na realidade, Crônicas é uma história altamente seletiva, mas não é verdade que seja invencionice. Ela ressalta, sim, os aspectos relevantes da história judaica. Não é verdade que ela encobre as falhas da nação (exemplo: 1 Cr 21). A inexistência da matéria histórica contida em Samuel e Reis, pressupõe que seus leitores conheciam esses livros. Muitas das declarações históricas que se acham somente em 1 Crônicas foram comprovadas pelas descobertas arqueológicas; nenhuma foi tida como farsa.

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    BIBLIOGRAFIA
    Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, Edição de 1995, ano 2002, pp. 618, 619 e 620.

    Xuxa chora ao ouvir Aline Barros cantando Ressucita-me

                   Muitos boatos de que Xuxa fez pacto com Satanás circulam na internet, mas o que foi destaque nos vídeos do youtube, foi o fato da Apresentadora Xuxa não resistir ao louvor de Aline Barros e começar a chorar diante da platéia.

                   Independente se a Xuxa já teve ou tem pacto, a Unção do Louvor de Aline Barros fez com que a considerada Rainha dos Baixinhos chorasse incontrolavelmente diante do Brasil.

                   A Palavra de Deus diz que quando Saul estava atormentado por um espírito maligno, Davi tocava e aquele espírito saía de Saul e ele ficava aliviado. O louvor realmente é uma arma poderosa de evangelização.

                   Estejamos orando pela vida da Xuxa, para que a cada dia o Espírito de Deus venha convencê-la de que JESUS CRISTO É O SENHOR e também oremos pela vida da cantora Aline Barros, que ela continue sendo instrumento usado nas mãos do Senhor.

                   Veja o vídeo:


    Fonte: site EVANGELIZAI (acesso no dia 15/02/2012, às 16:50 h).


    Pergunta: Você crê que a Xuxa foi tocada pelo Espírito Santo de Deus e reconheceu a sua condição de pecadora e a sua necessidade de libertação por parte do Senhor Jesus Cristo, ou ela apenas se emocionou com a melodia e permanece na incredulidade?

    12 - O SEGUNDO LIVRO DOS REIS

     
    • Autor: Desconhecido
    • Tema: Reis de Israel e de Judá
    • Data: Cerca de 560-550 a.C. 

    Considereções Preliminares 

                   Os livros de 1 e 2 Reis são, no original, um tratado indiviso, portanto, as informações contidas na introdução de 1 Reis são importantes aqui. 2 Reis retoma a história do declínio de Israel e Judá, a partir de cerca de 852 a.C. Narra as duas grandes calamidades nacionais que conduziram à queda dos reinos de Israel e de Judá: (1) a destruição da capital de Israel, Samaria, e a deportação de Israel à Assíria em 722 a.C.; e (2) a destruição de Jerusalém e a deportação de Judá para Babilônia em 586 a.C. 2 Reis abarca os últimos 130 anos da história de Judá, que teve 345 anos de duração. A grande instabilidade política de Israel (i.e., as dez tribos do Norte) é notória nas suas constantes mudanças de reis (dezenove) e de disnatia (nove) em 210 anos, em comparação com os vinte reis e uma dinastia (com breve interrupção) de Judá, em 345 anos. Muitos dos profetas literários do Antigo Testamento ministraram durante o período decorrido em 2 Reis. Eles relembravam, advertiam e exortavam os reis concernente às suas responsabilidades diante de Deus como seus representantes teocráticos. Amós e Oséias profetizaram em Israel, ao passo que Joel, Isaías, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias e Jeremias profetizavam em Judá. Nos livros desses profetas, temos importantes revelações históricas e teológicas que não se acham em 2 Reis, no tocante ao declínio moral das duas nações. 

    Propósito 

                   O propósito de 2 Reis é o mesmo que o de 1 Reis (ver a introdução a 1 Reis). Em resumo: o propósito original era propiciar ao povo hebreu, especialmente os exilados em Babilônia, uma interpretação e compreensão profética da sua história durante a monarquia dividida, para que não repetissem os pecados dos seus antepassados.

    Visão Panorâmica

                   A história de 2 Reis abrange duas épocas principais: (1) a história dos dois reinos antes da queda de Israel (as dez tribos) em 722 a.C. (cap. 1 ao 17), e (2) a história de Judá depois da derrocada de Israel até a queda da própria nação de Judá em 586 a.C. (cap. 18 ao 25). Por um lado, Israel teve uma sucessão ininterrupta de reis que faziam "o que era mau aos olhos do SENHOR" (exemplo, cap. 3.2). Em 2 Reis, é patente que em meio à terrível apostasia de Israel, Deus levantava profetas poderosos tais como Elias e Eliseu para conclamar a nação e seus respectivos dirigentes a voltar a Deus e ao seu concerto (cap. 1 ao 9).

                   Por outro lado, em Judá, às vezes, havia alívio quando entre seus reis ímpios, surgiam alguns piedosos, como Ezequias (cap. 18 ao 21) e Josias (cap. 22 e 23), que se esforçavam para levar a nação de volta a Deus. Todavia, esses reis não conseguiram levar o povo a abandonar de modo permanente a prática prevalecente da idolatria, da imoralidade e da violência. Depois da morte de Josias (cap. 23), o deslize de Judá em direção à destruição foi rápido e culminou no saque de Jerusalém por Nabucodonosor em 586 a.C. (cap. 25).

    Características Especiais

                   Cinco fatos principais caracterizam 2 Reis. (1) Destaca (assim como também 1 Reis) a importância dos profetas e da sua mensagem revelada como o meio principal de Deus transmitir sua mensagem aos reis e ao povo de Israel e Judá - exemplo: Elias e Eliseu (cap. 1 ao 13), Jonas (cap. 14.25), Isaías (cap. 19.1-7, 20-34) e Hulda (cap. 22.14-20). (2) Destaca o ministério milagroso de Eliseu no decurso de boa parte da primeira metade do livro (cap. 2 ao 13). (3) Apenas dois reis em todo Israel e Judá tiveram plena aprovação como fiéis a Deus e ao povo: Ezequias (cap. 18.1 ao 20.21) e Josias (cap. 22.1 ao 23.29). (4) Revela que líderes ímpios acabam levando seu povo à ruína e ilustra o princípio perpétuo de que "a justiça exalta as nações, mas o pecado é o opróbrio  dos povos" (Pv 14.34). (5) Contém muitas narrativas bíblicas bem conhecidas, como a ascensão de Elias (cap. 4), a cura de Naamã (cap. 5), o ferro do machado que flutuou na água (cap. 6), a morte violenta de Jezabel conforme Elias profetizara (cap. 9), os grandes avivamentos no reinado de Ezequias (cap. 18) e Josias (cap. 23), e a grave enfermidade de Ezequias e sua cura (cap. 20).

    Paralelo entre o livro de 2 Reis e o Novo Testamento

                   2 Reis deixa claro que o pecado e infidelidade dos reis de Judá (i.e., os descendentes de Davi) resultaram na destruição de Jerusalém e do reino davídico. Não obstante, o Novo Testamento deixa também claro que Deus, na sua fidelidade, cumpriu sua promessa segundo o concerto, feita a Davi, através de Jesus Cristo, o "Filho de Davi" (Mt 1.1; 9.27-31; 21.9), cujo reinado e reino não terão fim (Lc 1.32,33; conforme Is 9.7).

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    BIBLIOGRAFIA
    Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, Edição de 1995, ano 2002, pp. 571 e 572. 

    Internet lança luz sobre as trevas do mormonismo

                  
                   A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias vem enfrentando uma crise sem precedentes nos Estados Unidos, devido à internet, onde são encontradas notícias e fatos históricos de forma abundante.

                   Como no decorrer da história os líderes Mórmon eram quem decidiam o que os membros iriam ler ou ser ensinados sobre a história da igreja, o crescimento foi garantido por muitos anos. Porém, com o advento da internet, muitas informações ficaram disponíveis e acessíveis a qualquer um, a qualquer hora.

    Joseph Smith
    Esse fato tem preocupado a liderança, pois controvérsias da história da igreja tem vindo à tona no meio dos membros, segundo o blog “O Contorno da Sombra”. O jornal “The Salt Lake Tribune”, da cidade Salt Lake City, capital do estado fundado por mórmons, Utah, publicou recentemente um artigo escrito pelo jornalista Peggy Fletcher Stak em que ele relata dois casos sintomáticos da crise: um professor da Escola Bíblica consultou a internet para preparar sua aula e descobriu que o Livro de Mórmon, base da religião, teria sido plagiado de uma outra obra. Há também o caso de um adolescente que pesquisando a história da igreja na internet, descobriu que o fundador da denominação, Joseph Smith, havia tido várias esposas e inclusive, casado com uma adolescente de 14 anos de idade.

                   Outras controvérsias da história dos Mórmons tem causado dúvida nos membros e provocado desligamentos da igreja, e a liderança teme que essa debandada aumente. As acusações de plágio, que também pairam sobre outro importante livro da religião, “A Pérola de Grande Valor”, e os 130 anos do banimento de negros da plena comunhão da igreja, são fatos históricos que perturbam tanto membros, quanto líderes mórmons.

                   Para reagir à crise, o líder e historiador oficial da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, Marlin Jensen, foi designado para responder às dúvidas dos membros e tentar acalmá-los. Em entrevista ao “Tribune”, Jensen declarou que “nunca antes tínhamos enfrentado essa era da informação, com redes sociais e blogs publicando pontos de vista sem investigá-los adequadamente. A igreja está preocupada com a desinformação e informações distorcidas, mas estamos fazendo o nosso melhor e tentando duramente fazer com que a nossa história seja contada de maneira acurada”.

                   O líder e historiador também ressaltou que as questões relacionadas à poligamia são mais simples de explicar e resolver, pois essa doutrina não é mais praticada entre os mórmons e não são necessariamente pertinentes ao que se ensina no presente. A igreja não faz nenhum esforço para esconder ou obscurecer a sua história”, afirma.

                   Outro fator que vem atraindo holofotes para a Igreja é a exposição do pré-candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Mitt Romney, que é mórmon e tem tido sua vida e crença vasculhada pela imprensa.

                   Fonte: Site Gospel Mais

                   Nota: Minha oração é que outras seitas também percam  os seus seguidores. O Senhor Jesus Cristo é o único caminho, e onde a verdade do Seu evangelho chega toda treva é dissipada. "E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará" (João 8.32).

    CREDOS

    Credo dos Apóstolos

      1. Creio em Deus Pai onipotente
      2. e em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor,
      3. que nasceu do Espírito Santo e da virgem Maria,
      4. que foi crucificado sob o poder de Pôncio Pilatos e sepultado,
      5. e ao terceiro dia ressurgiu da morte,
      6. que subiu ao céu
      7. e assentou-se à direita do Pai,
      8. de onde há de vir para julgar os vivos e os mortos.
      9. Creio no Espírito Santo,
    10. na santa Igreja,
    11. na remissão dos pecados,
    12. na ressurreição da carne,
    13. na vida eterna.

    Credo de Cesaréia

                   Cremos em um só Deus, Pai onipotente, criador de todas as coisas visíveis e invisíveis; e em um só Senhor, Jesus Cristo, Verbo de Deus, Deus de toda a criação, por quem foram feitas todas as coisas; o qual foi feito carne para nossa salvação, tendo vivido entre os homens. Sofreu, ressuscitou ao terceiro dia, subiu ao Pai e novamente virá em glória para julgar os vivos e os mortos. Cremos também em um só Espírito Santo.

    Credo de Nicéia

                   Cremos em um só Deus, Pai onipotente, criador de todas as coisas visíveis e invisíveis; e em um só Senhor, Jesus Cristo, o filho de Deus, gerado pelo Pai, unigênito, isto é, sendo da mesma substância do Pai, Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro do Deus verdadeiro, gerado, não feito, de uma só substância com o Pai, pelo qual foram feitas todas as coisas, as que estão no céu e as que estão na terra; o qual, por nós homens e por nossa salvação, desceu, encarnou-se e se fez homem. Sofreu, ressuscitou ao terceiro dia, subiu ao céu, e novamente virá para julgar os vivos e os mortos. Cremos no Espírito Santo. E a todos que dizem: Ele era quando não era, e antes de nascer, ele não era, ou que foi feito do não existente, bem como aqueles que alegam ser o Filho de Deus de outra substância ou essência, ou feito, ou mutável, ou alterável a todos esses a Igreja católica e apostólica anatematiza.

    Credo Niceno

                   Cremos em um Deus, Pai Todo-Poderoso, criador do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis; e em um Senhor, Jesus Cristo, o unigênito Filho de Deus, gerado pelo Pai antes de todos os séculos, Luz da Luz, Deus verdadeiro do Deus verdadeiro, gerado, não feito, de uma só substância com o Pai, pelo qual todas as coisas foram feitas; o qual, por nós homens e por nossa salvação, desceu dos céus, foi feito carne por meio do Espírito Santo e da Virgem Maria, e tornou-se homem. Foi crucificado por nós sob o poder de Pôncio Pilatos, padeceu, foi sepultado, ressuscitou ao terceiro dia conforme as Escrituras, subiu aos céus, assentou-se à direita do Pai. Novamente há de vir com glória para julgar os vivos e os mortos e seu reino não terá fim. Cremos no Espírito Santo, Senhor e Vivificador, que procede do Pai, que com o Pai e o Filho conjuntamente é adorado e glorificado, que falou através dos profetas. Cremos na Igreja una, santa, católica e apostólica. Confessamos um só batismo para remissão dos pecados. Esperamos a ressurreição dos mortos e a vida no século vindouro.

    Credo de Atanásio

                   E a fé católica (universal) é esta: adoramos um Deus na Trindade, e a Trindade na unidade.
                   Não confundimos as Pessoas, nem dividimos (separamos) a Substância.
                   Pois existe uma única Pessoa do Pai, outra do Filho e outra do Espírito Santo.
                   Mas a Deidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo é toda uma só: a glória é igual, a majestade é co-eterna.
                   Tal como é o Pai, tal é o Filho e tal é o Espírito Santo.
                   O Pai não foi criado, o Filho não foi criado, o Espírito Santo não foi criado.
                   O Pai é incompreensível (imensurável), o Filho é incompreensível (imensurável), e o Espírito Santo é incompreensível (imensurável).
                   O Pai é eterno, o Filho é eterno, o Espírito Santo é Eterno.
                   E, no entanto, não são três (seres) eternos, mas há apenas um eterno.
                   E não há três (seres) que não foram criados e que são incompreensíveis (imensuráveis).
                   Há, porém, um só que não foi criado e é incompreensível (imensurável).
                   Assim sendo, o Pai é Todo-Poderoso, o Filho é Todo-Poderoso, o Espírito Santo é Todo-Poderoso.
                   E, no entanto, não são três (seres) Todo-Poderosos, mas um só é Todo-Poderoso.
                   Assim, o Pai é Deus, o Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus.
                   E, no entanto, não são três deuses, mas um só Deus.
                   Igualmente, o Pai é Senhor, o Filho é Senhor, o Espírito Santo é Senhor. 
                   E, no entanto, não são três senhores, mas um só Senhor. 
                   Pois da mesma forma que somos compelidos pela verdade cristã a reconhecer cada Pessoa, por si mesma, como Deus e Senhor, assim também somos proibidos pela religião católica (universal) de dizer: Existem três deuses ou três senhores.
                   O Pai não foi feito de ninguém: nem criado e nem gerado.
                   O Filho vem somente do Pai: não foi feito nem criado, mas gerado.
                   O Espírito Santo vem do Pai e do Filho: não foi feito nem criado, e nem gerado, mas procedente.
                   Assim há um só Pai, e não três Pais; há um só Filho, e não três Filhos; há um só Espírito Santo, e não três Espíritos Santos.
                   E nessa Trindade nenhum é antes ou depois do outro. Nenhum é superior ou inferior ao outro.
                   Mas todas as três pessoas são juntamente co-eternas e co-iguais de tal modo que, em todas as coisas, foi dito, a Unidade na Trindade e a Trindade na Unidade deve ser adorada.
                   Aquele, pois, que quiser ser salvo, deve pensar assim sobre a Trindade.
                   Também é necessário para a salvação eterna que se creia, fielmente, na encarnação de nosso Senhor Jesus Cristo.
                   Pois a verdadeira fé é que creiamos e confessemos que nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, é Deus e Homem.
                   (Concordia Triglotta)
                   Deus da Substância do Pai, gerado antes dos mundos, e Homem da substância de sua mãe, nascido no mundo.
                   Perfeito Deus e perfeito Homem, tendo alma e subsistindo em carne humana.
                   Igual ao Pai, referindo-se à sua divindade, e inferior ao Pai, referindo-se à sua humanidade;
                   O qual, embora seja Deus e Homem, contudo não é dois, mas um só Cristo.
                   Um, não mediante a conversão da divindade em carne, mas por ter tomado a humanidade em Deus.
                    Um, juntamente, não por confusão de Substância, mas por unidade de Pessoa.
                    Pois  tal com a alma e a carne formam um só homem, assim Deus e o Homem é um só Cristo;
                   O qual sofreu pela nossa salvação; desceu ao inferno, ressuscitou dentre os mortos ao terceiro dia.
                   E ascendeu ao céu. Está assentado à direita do Pai, Deus Todo-Poderoso, de onde virá para julgar os vivos e os mortos.
                   Por ocasião de sua vinda, todos os homens ressuscitarão em seus corpos e prestarão contas de suas próprias obras.
                   Aqueles que praticaram o bem irão para a vida eterna; e aqueles que praticaram o mal obterão as chagas eternas.
                   Essa é a fé católica (universal), a qual pode salvar o homem. Basta que ele creia nela fiel e firmemente. 

    Credo da Igreja Evangélica Assembléia de Deus

                   No que cremos:

    1) Em um só Deus, eternamente subsistente em três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo (Dt 6.4; Mt 28.19; Mc 12.29).

    2) Na inspiração verbal da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé normativa para a vida e o caráter cristão (2 Tm 3.14-17).

    3) Na concepção virginal de Jesus, em sua morte vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal dentre os mortos e sua ascensão vitoriosa aos céus (Is 7.14; Rm 8.34 e At 1.9).

    4) Na pecaminosidade do homem que o destituiu da glória de Deus, e que somente o arrependimento e a fé na obra expiatória e redentora de Jesus Cristo é que pode restaurá-lo a Deus (Rm 3.23 e At 3.19).

    5) Na necessidade absoluta do novo nascimento pela fé em Cristo e pelo poder atuante do Espírito Santo e da Palavra de Deus, para tornar o homem digno do Reino dos Céus (Jo 3.3-8).

    6) No perdão dos pecados, na salvação presente e perfeita e na eterna justificação da alma, recebidos gratuitamente de Deus pela fé no sacrifício efetuado por Jesus Cristo em nosso favor (At 10.43; Rm 10.13; 3.24-26 e Hb 7.25; 5.9).

    7) No batismo bíblico efetuado por imersão do corpo inteiro uma só vez em águas, em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, conforme determinou o Senhor Jesus Cristo (Mt 28.19; Rm 6.1-6 e Cl 2.12).

    8) Na necessidade e na possibilidade que temos de viver vida santa mediante a obra expiatória e redentora de Jesus no Calvário, através do poder regenerador, inspirador e santificador do Espírito Santo, que nos capacita a viver como fiéis testemunhas do poder de Cristo (Hb 9.14 e 1Pd 1.15).

    9) No batismo bíblico no Espírito Santo que nos é dado por Deus mediante a intercessão de Cristo, com a evidência inicial de falar em outras línguas, conforme a sua vontade (At 1.5; 2.4; 10.44-46; 19.1-7).

    10) Na atualidade dos dons espirituais distribuídos pelo Espírito Santo à Igreja para sua edificação, conforme a Sua soberana vontade (1 Co 12.1-12).

    11) Na Segunda Vinda pré-milenial de Cristo, em duas fases distintas. Primeira - invisível ao mundo, para arrebatar a Sua Igreja fiel da terra, antes da Grande Tribulação; segunda - visível e corporal, com Sua Igreja glorificada, para reinar sobre o mundo durante mil anos (1Ts 4.16. 17; 1Co 15.51-54; Ap 20.4; Zc 14.5 e Jd 14).

    12) Que todos os cristãos comparecerão ante o Tribunal de Cristo, para receber recompensa dos seus feitos em favor da causa de Cristo na terra (2Co 5.10).

    13) No juízo vindouro que recompensará os fiéis e condenará os infiéis (Ap 20.11-15).

    14) E na vida eterna de gozo e felicidade para os fiéis, e de tristeza e tormento para os infiéis (Mt 25.46).